Dias depois de ter decretado uma greve no sector, no Sindicato Nacional de Professores e Trabalhadores do Ensino Não Universitário, (Sinptenu), surgem acusações entre dois dirigentes dentro da organização sobre a legitimidade da greve.
O representante do Sinptenu, na Huíla, João Simão Domingos, diz que os promotores da greve foram expulsos num congresso da organização realizado em Outubro de 2021 por alegada conduta indecorosa, pelo que, não têm legitimidade para decretar a paralisação.
“Estes foram expulsos por usurpação e falsificação de documentos. A direcção ora expulsa entendeu decretar uma greve, esta greve acaba por ser ilegal porque os elementos que levantam essa greve são elementos já expulsos”, afirma Domingos.
A organização, de acordo com o sindicalista, está a ser dirigida por uma comissão de gestão, que cessa funções no dia 25 de Fevereiro com a eleição em congresso dos novos órgãos sociais.
Sobre a greve decretada, João Domingos refere não terem sido esgotados todos os mecanismos de negociações que privilegiam o diálogo.
“O lema do SINPTENU os seus estatutos optam sempre por uma negociação primeiro negociação depois negociação até a exaustão só assim partimos para uma possível greve”.
Por seu lado, Avelino José Calunga, que diz ser presidente do Sinpetnu, desvaloriza as acusações e que o grupo que questiona as decisões da organização, está afastado por indisciplina.
Avelino José Calunga vai mais longe e acusa o grupo de ser uma criação do Ministério da Educação para desestabilizar a organização.
“Quer ele, quer outros que pautaram-se pela mesma conduta sujam a imagem do sindicato, eles é que foram expulsos. Está a ser alimentado pelo Ministério da Educação com o propósito de boicotar todas as reivindicações apresentadas pelo SINPTENU”, sustenta Calunga.
Sobre o assunto, a VOA tentou sem sucesso um contacto com o Ministério da Educação