SOBRE O FENÓMENO BANQUETE E OS CONTORNOS DA ÉTICA NA POLÍTICA ANGOLANA: o que dizem os Politólogos?
Eu sou Politólogo e vou dizer.
Efectivamente, diante do fenómeno banquete os Politólogos cautelosos, que observam Angola, despolitizadamente, e que conhecem as teorias Aristotélicas e weberianas sobre ÉTICA E PRÁTICA POLÍTICA, sem descurar Maquiavel e outros como Emanuel Kant e Leonardo Boff etc, não diriam que estamos diante de uma situação, meramente, de combate à corrupção, mas de uma situação de ÉTHOS-CARÁCTER, em que se constata acções voluntárias e conforme as qualidades negativas do carácter dos políticos, no sistema político angolano.
Apesar de Tom Burgis na sua obra Pilhagem em África enfocar o ÊTHOS-HÁBITO do governo Angolano roubar, decerto, não nos importamos dizer que o BANQUETE em linhas gerais significa que o governo Angolano está pilhar, e paradoxalmente se combater. Pois, a particularidade desta acção afecta a generalidade, cujo acto é contra os preceitos morais, e sempre fará o cidadão Angolano ver, desacreditar e restringir a Política Nacional como uma actividade supérflua. A política não é uma actividade supérflua, Alguns políticos-cidadãos é que a tornam banal por negligenciarem as teorias que a Ciência Política se predispõe para explicar.
HÁ, SIM, CONTORNOS NA POLÍTICA ANGOLANA QUANTO OS PRECEITOS ÉTICOS, e não devemos falar com paixão ou descurar a lógica dos autores que vinculam e desvinculam a ética e moral da política, para fazer compreender aos cidadãos por que alguns políticos são moralistas sem moral.
ARISTÓTELES compreendia a política como sinónimo de ética, e segundo este grande orientador dos políticos, todo político deve estar dotado de ética, uma vez que a finalidade de um Estado é a virtude, ou a formação moral das pessoas e o conjunto de meios para que isso aconteça. Diante deste intercâmbio, possivelmente, ideal, MAQUIAVEL, o pai da Ciência Política defende que os políticos estarão desvinculados da moral e mais associados ao poder. Pois, o político nem sempre o que lhe importa é a moral e ética, mas, sim, a legalidade, legitimidade, controlo e exercício do poder político.
ASSIM, estamos em condições para finalizar que o combate à corrupção é um acto moral, mas o fenómeno banquete não tira a imagem da imoralidade dos membros do/ou governo angolano, tendo em conta que a moral é como um sistema de normas vigentes numa sociedade um comportamento considerado adequado e aceitável. Todavia, os dinheiros pilhados face o caso LUSSATI não são actos de aceitabilidade, pelo contrário geram dispersão de votos, não identificação do partido ou do próximo candidato do Partido, geram ódio ao povo, e baixa a credibilidade do presidente em termos de responsabilidade política.
MEU NOME É – Dorivaldo Manuel Dorival / EU AMO ANGOLA…
ASSIM PARTILHEMOS.