Os taxistas angolanos vão paralisar os seus serviços em sete províncias do país, a partir da próxima segunda-feira, para protestar contra a “violação dos seus direitos e discriminação” no cumprimento do decreto sobre a situação de calamidade pública.
Num comunicado tornado público hoje, em Luanda, a Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA), a Associação dos Taxistas de Angola (ATA) e a Associação dos Taxistas de Luanda (ATL) anunciam a retirada silenciosa das suas viaturas na via a partir desta quinta-feira.
A decisão da paralisação total dos serviços de táxi, aprovada na quarta-feira após encontro de líderes associativos, vai abranger as províncias de Luanda, Benguela, Huíla, Cuanza Sul, Uíge, Bengo e Lunda Norte.
Segundo a nota do departamento de comunicação da ANATA, a “violação dos direitos económicos e sociais” dos taxistas e a “discriminação” entre táxis e autocarros no que respeita ao cumprimento do decreto presidencial sobre a situação de calamidade pública constituem as razões da paralisação.
A ANATA, a ATA e a ATL dizem existir “maior fiscalização” dos táxis em relação à lotação estabelecida pelas autoridades para conter a propagação da covid-19 (50%), em detrimento dos autocarros que estarão a “transportar 100% dos passageiros”.
Os taxistas queixam-se também da “não-materialização, até agora”, da profissionalização da sua atividade e da carteira profissional, de “exclusão nas políticas públicas” e do mau estado das vias.