O contrabando de droga em Angola conta com a cumplicidade de oficiais superiores da Polícia Nacional e políticos ligados ao partido no poder, a denuncia é do jornalista e proprietário do semanário “O Crime”, Mariano Brás.
Segundo Brás, só não pode partilhar nomes porque “pode ser morto”, mas acrescenta que o seu jornal está a preparar uma reportagem sobre a questão: “O tráfico de droga em Angola é controlado pela própria polícia. O mais grave é que além da polícia estão metidos deputados, governadores ou seja do mais baixo ao mais alto nível, especialmente os do MPLA”, denuncia
O jornalista explica que a droga é um meio fácil de enriquecimento, e que um quilo de cocaína no mercado angolano, custa mais de 12 milhões de kwanzas, cerca de 20 mil dólares: “É um negócio milionário”, sublinha.
Há muito que se sabe que contrabandistas de drogas da América Latina usam países da África Ocidental como rota para o transporte das mesmas para a Europa e também para venda local.
As elevadas quantias envolvidas no tráfico de drogas tornam fácil subornar entidades governamentais ou agentes da polícia cujos salários são geralmente baixos e onde a corrupção existe a todos os níveis.