Quem diria que os mais velhos sentariam na mesma mesa e unissem esforços para a concretização de um ideal de liberdade, só quem conhece a história de Angola vai admirar este facto. Todo mundo acreditava que chegaria ao poder por um árduo trabalho unilateral contra um gigante da corrupção e mestre em manipulação.
A história do nosso querido país é repleto de lições: os egos inflamados, assassinatos de carácter, tabús, sangue derramado, são apenas parte de uma nuvem de responsabilidade histórica que nos alertam a beber para não falharmos novamente.
Em 1959 decorre no nosso país o famoso “processo dos 50”, muitos nacionalistas foram detidos fruto das acções anti-coloniais na época perpetrados por homens que queriam viver a mudança e buscavam todos os meios para tal, um deles era a clandestinidade. A ideia da PIDE era abafar o caso e as detenções que vinham aumentando, mas por conta de um folheto enviado pelo Joaquim Pinto De Andrade para o seu Irmão que estava no exterior Mário Pinto De Andrade despertou a atenção da Comunidade internacional.
O mais interessante nesta parte da história do nosso tão amado país, é que na fase em que decorria o processo a UPA ( ex UPNA) fundada na década de cinquenta que tinha bases sólidas ( logística) em Kinshasa, juntou-se com os movimentos aqui existentes um deles é a MIA e passaram numa só direcção definir estratégias de apoios às famílias dos nacionalistas presos, das questões de refúgio aos perseguidos, bem como de materiais de propaganda ( De lembrar que a luta panfleteada já era uma realidade no nosso país,tendo como Viriato Da Cruz um exímio nesta vertente) Esses todos esforços culminou com o famoso 4 de Fevereiro de 1961 uma vez que nesta fase eles faziam pressões em todas as ordens mas ao leram os contextos aperceberam-se da presença da Comunidade internacional e perpetraram uma evasão as cadeias de Luanda onde estava os presos políticos.
E hoje depois de muitos anos de tentativas se engendra um projecto unificador e patriótico com novas aspirações, a utilização de força e materiais bélicos não fazem parte do cardápio mas sim a discussão de ideias e uso de mecanismos legais para remover os opressores do poder baseado num espírito de Concórdia como a história reza ser possível; “A nossa geração não pode pode falhar” mas esses mais velhos : “Justino Pinto De Andrade, Filomeno Vieira Lopes, Adalberto Costa Júnior, Abel Epalanga Chivukuvuku disseram que querem também ajudar na concretização desta missão da nova geração e devemos estar dispostos a ir até ao poço para beber desta água”.
VIVA A TRIPARTIDA!
VIVA A MUDANÇA!
( 30.07.2021,Abraços do vosso irmão Timóteo Miranda).