“Há provas num vídeo que um dirigente local do MPLA incitou os seus apoianates a matarem militantes da UNITA no passado sábado no Samba Pombo em confrontos entre militantes dos dois partidos e em que várias pessoas ficaram feridas”, disse o advogado Joaquim António Ernesto.
Desde então, a polícia prendeu dezenas de militantes e simpatizantes da UNITA em diversas operações.
Ernesto diz que a polícia tem de ouvir também os representantes do MPLA.
“Eu quero deixar claro uma coisa que mais dos que as palavras temos aqui vídeos com a voz de um dos líderes do JMPLA ou do MPLA, na sua actividade com um discurso de persuasão, um discurso aos seus militantes para que avançem, matem, matem”, assegurou o advogado.
“Está mais do que evidente, são discursos que incitam ódio, à violência e à desordem, são passivos de responsabilização” afirmou aquele advogado, para quem “há que chamar à responsabilidade as duas partes”, disse.
Por seu turno, o também advogado Pedro Soares disse que não existem quaisquer provas materiais contra os detidos para que estes possam ser levados a tribunal.
“Na verdade ninguém foi encontrado no local do delito a cometer o mesmo crime que vem a ser levantado no processo, não há qualquer indivíduo que foi detido e encontrado a cometer o mesmo delito não, então todos podem ser soltos”, disse.
Soares disse ainda existirem várias irregularidades no processo e que considera as detenções ilegais .