De acordo com uma nota de imprensa da União Europeia, o projeto, com duração até 2025, será liderado pelo Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), a quem cabe a missão de incentivar e alargar o acesso das micro, pequenas e médias empresas aos serviços financeiros.

O projeto prevê a formação e capacitação de todos os atores envolvidos, nomeadamente as micro, pequenas e médias empresas, bancos comerciais, sistema judiciário, entre outros, através do estabelecimento de um diálogo público-privado estruturado.

“Destinado aos agentes que operam em dinâmicas empresariais, este programa tem como objetivo, por um lado, reforçar a capacidade dos agentes dinamizadores da economia na diversificação de serviços financeiros e na criação de instrumentos financeiros inovadores e, por outro lado, incrementar a melhoria do uso inclusivo desses serviços financeiros mais diversificados e inovadores, junto das micro, pequenas e médias empresas, das mulheres, dos jovens e das populações rurais”, refere-se na nota.

A parceria conta com o apoio técnico do IAPMEI e do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) na dinamização de um conjunto de atividades, como ações de formação e sensibilização, desenvolvimento de instrumentos de apoio à gestão, eventos temáticos dirigidos ao setor público e privado, campanhas de sensibilização para o incremento da literacia financeira, entre outras.

No documento salienta-se que atualmente o setor privado e as micro, pequenas e médias empresas enfrentam vários desafios no exercício da sua atividade, nomeadamente barreiras burocráticas à criação de um negócio, acesso limitado a financiamento e a crédito, infraestruturas insuficientes, baixo nível de qualificação dos recursos humanos e dificuldades de acesso à moeda estrangeira.

A embaixadora da União Europeia em Angola, Jeannette Seppen, citada na nota, sublinhou que o projeto “insere-se no esforço conjunto da União Europeia e do Governo angolano para gerar empregos e valor acrescentado para o país, o que necessita mobilizar todos os instrumentos, desde o capital humano até às fontes de financiamento para dinamizar o ambiente de negócios em Angola”.

Por sua vez, o presidente do Instituto Politécnico de Setúbal, Pedro Dominguinhos, referiu que a instituição que dirige está fortemente empenhada neste projeto, para o qual “espera contribuir para o fortalecimento das competências dos quadros angolanos e para a dinamização da cultura empreendedora e da criação de empresas em Angola”.

Já o secretário de Estado-adjunto e da Economia português, João Neves, igualmente citado na nota, destacou a importância do projeto que “trará progressos significativos tanto ao nível da capacitação e cooperação institucional, como ao nível do acesso das micro, pequenas e médias empresas a novos serviços financeiros, mais diversificados, inovadores e inclusivos”.

Francisco Sá, presidente da Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), considerou o projeto “uma valiosa oportunidade para partilhar experiências e metodologias de trabalho, contribuindo para o enriquecimento institucional do reforço da cooperação entre todos os envolvidos”.