O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, afirmou hoje esperar que, a iniciativa do Presidente da República em devolver à Assembleia Nacional a Lei Orgânica sobre as Eleições Gerais, sirva para mudar a postura do Grupo Parlamentar do MPLA.
O político fez este pronunciamento em declarações à imprensa no âmbito da “marcha pacífica para eleições justas e transparentes”, realizada em Luanda numa iniciativa da UNITA.
Realçou que este acto já estava programado antes do Chefe de Estado angolano, João Lourenço, ter devolvido o diploma ao Parlamento, e decidiram manté-lo para permitir ao povo expressar a sua vontade.
Na ocasião, Adalberto Costa Júnior referiu que a moldura humana que se fez presente na marcha demonstrou que “o povo está cansado e a imagem de quem governa está gasta, sendo necessária uma mudança de paradigma”.
Por seu turno, o membro da UNITA, Abílio Camalata Numa, considerou a marcha “um sinal para mostrar ao MPLA que contra a vontade do povo ninguém consegue avançar”.
No acto foram exibidos cartazes com dizeres: “ eleições justas e livres “, “quero votar onde resido” , “mudança da composição da CNE”.
Na sexta-feira (10 de Setembro), os partidos da oposição com assento parlamentar, UNITA, CASA-CE, PRS e deputados não integrados, consideraram que, entre as normas sobre as quais deve haver nova apreciação, estão as relacionadas com a campanha eleitoral, cadernos e actas eleitorais, credenciamento dos delegados de lista, votação antecipada sem a presença de delegados de lista e baixa nos cadernos eleitorais em tempo real dos nomes dos cidadãos que votarem antecipadamente, a fim de evitar a duplicidade de votação.
A identificação biométrica do eleitor, para permitir a unicidade de voto, integridade, transparência e segurança tecnológica, constituem outras normas que no entender da oposição devem ser reapreciadas.
Integram ainda a lista, normas sobre o apuramento municipal, transparência na publicação dos resultados eleitorais e seu conhecimento pelo púbico e organização, funcionamento e composição da Comissão Nacional Eleitoral (CNE).