Álvaro Chikwamanga diz que “alguns destes panfletos trazem os símbolos da Polícia Nacional, o que torna o assunto muito mais grave”, mas o porta-voz da polícia diz desconhecer o assunto.
O maior partido na oposição em Angola, UNITA, denuncia o que chama de estratégia para associar o seu nome a uma suposta milícia que pretende instalar o terror e o medo no país.
O partido do “galo negro” cita imagens nas redes sociais com figuras supostamente de um grupo de milícias que estaria a ser financiado pela UNITA.
Em conferência de imprensa, o secretário geral Álvaro Chikwamanga, disse que “alguns destes panfletos trazem os símbolos da Polícia Nacional, o que torna o assunto muito mais grave” e pediu que as autoridades se pronunciem.
Para Chikamanga, “esses indícios em ambiente pré-eleitoral, associados a discursos que incitam a violência e a intolerância representam a reedição da estratégia de manipulação característica do regime, com o propósito de desviar a atenção da opinião pública nacional e internacional dos reais problemas dos cidadãos que clamam por solução”.
O secretário-geral reitera que “a UNITA demarca-se categoricamente de qualquer responsabilidade e ligações às supostas milícias, rejeita e condena com veemência a ligação da sua imagem a quaisquer actores que pretendam perturbar a estabilidade política e social do país”.
O também membro da direcção da UNITA Abílio Kamalata Numa entende que é sempre assim quando se aproximam as eleições e que essas manobras “visam apenas provocar medo e pânico nos cidadãos.
O “general” da UNITA assegura que o seu partido não vai alimentar este tipo de acções e que em Agosto “o soberano vai se manifestar, a FPU (Frente Patriótica Unida) vai sair vitoriosa, para dar estabilidade e esperança que o país e os angolanos precisam”.
A VOA contactou o porta-voz do comando provincial da polícia em Luanda, Nestor Goubel, disse não ter conhecimento do assunto, mas que vai procurar averiguar.