spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Angola: “Vejo intelectuais que em defesas das suas damas partidárias acusam ACJ e Chivukuvuku” – Marcolino Moco

Vejo aqui intelectuais angolanos que, provavelmente, em defesa das suas damas partidárias, acusam Adalberto e Chivukuvuku de “pouca vergonha”, por irem esgrimir argumentos em uma televisão pública portuguesa. Até podem ter estado a argumentar mal, lá por terras de Camões.

Agora vergonhoso, vergonhoso mesmo é, como intelectuais, não termos a coragem de denunciar a pouca vergonha a que os nossos órgãos de comunicação públicos e respectivos jornalistas, estão a ser submetidos, para não porem em risco o seu ganha-pão.

Felizmente, ressurgem denúncias muito corajosas, como a do jornalista Alves Fernandes. Mas estamos aqui todos apreensivos, a espera do que lhe pode acontecer pela ousadia. Não nos esquecemos do antigo caso Erneto Bartolomeu, que jamais alguém esperaria repepetir-se, em plena “nova era”.

A obsessão em defendermos as nossas damas partidárias, nem que seja, por vezes, por simples diversão, continuará a colocar o nosso país na rota do declínio total.

Épreciso “libertar” a nossa comunicação pública interna. Que não seja só por actos episódicos, como acompanhamos, por estes dias, alegremente, as entrevistas aos presidentes dos grupos parlamentares. E que os mecanismos eleitorais sejam amplamente transparentes.

Se há receios das consequências de uma eventual alternância no poder, isto pode ser negociado agora. Mas, também de forma transparente. Esconder só acirra tensões.

Tensões devem ser prevenidas a tempo, porque são extremamente perigosas. E não escamotear que maior responsabilidade cabe a quem governa e não à oposição. Alguém diria: “Não discuto isso com ninguém rsrsrsrs… mas eu quero discutir isso com os meus amigos”.

 

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Destaque

Artigos relacionados