A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, afirmou, esta quarta-feira, em Luanda, que o VIII congresso ordinário, a decorrer de 9 a 11 deste mês, vai fortalecer o partido, para vencer os desafios políticos e eleitorais, bem como cimentar a unidade nacional e o patriotismo.
Em declarações à imprensa, depois de uma homenagem do partido ao fundador da Nação, António Agostinho Neto, Luisa Damião disse que o congresso ficará nos anais da história angolana, por eleger para o seu Comité Central 50% para cada um dos géneros, bem como vai cimento a unidade nacional e o patriotismo.
Durante a homenagem, o presidente do MPLA, João Lourenço, depositou uma coroa de flores no sarcófago de Agostinho Neto, um acto realizado no âmbito das celebrações do 65º aniversário da fundação do partido e do seu VIII Congresso Ordinário, a decorrer de nove a 11 deste mês.
Na ocasião, a vice-presidente do MPLA adiantou que o congresso também reservará 35% dos lugares no Comité central para a juventude, como prova de que o partido se renova todos os dias, acompanha a dinámica das transformações que ocorrem no país e no mundo e responde aos instrumentos internacionais relativamente à partidade do género.
“Será um congresso em que o MPLA vai sair mais fortalecido, que evidenciará a importância do papel da mulher e da juventude na sociedade”, referiu.
Por seu turno, o antigo secretário-geral da MPLA, Boavida Neto, frisou que o conclave será de unidade e de inclusão de toda a massa militante.
Acrescentou que o principal desafio do MPLA é dar corpo ao legado de Agostinho Neto, segundo o qual “o mais importante é resolver os problemas do povo, trabalhar para o bem do povo e fazer renascer as esperanças de uma pátria boa para todos angolanos e para todos os que nela vivem”.
Para a secretária-geral da Organização da Mulher Angolana (OMA), Joana Tomás, o congresso será um momento para celebrar a paridade e mostrar que a mulher angolana está preparada para desempenhar as mesmas actividades que os homens.
“Nã se procura apenas aumentar o número, mas provar que as mulheres chegam ao Comité Central por meritocacia”, salientou.
Também presente na cerimónia, o secretário nacional da JMPLA, Cristiano dos Santos, destacou o aumento da representatividade da juventude no Comité Central do partido.
Defendeu que a juventude, pela capacidade criativa e inovadora, pode dar outro dinamismo à direcção do partido e continuar a cimentar as conquistas alcançadas, nomeadamente a independência, a paz e o progresso social e económico do país.
O primeiro secretário do MPLA na Lunda Norte, Ernesto Muangala, disse que a sua delegação, de 126 delegados, entre os quais 74 mulheres, traz propostas para o programa e estatutos do partido, que visam reforçar a unidade e enfrentar os desafios futuros.
Sublinhou que o congresso servirá de antecâmara para a vitória eleitoral em 2022.
O congresso, a decorrer sob o lema “MPLA por uma Angola democrática e inclusiva”, prevê alargar o Comité Central de 497 para 693 membros, dos quais 346 candidatos são do sexo masculino e 347 do sexo feminino, sendo 35 % jovens entre os 18 e 35 anos. A lista, a ser submetida ao VIII congresso ordinário, prevê a continuidade de 340 membros e a renovação de 353.