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António Venâncio: “Partidarização de instituições empobrece os níveis de cidadania”

O Eng. Civil, António Venâncio observou que, se é bem verdade que a “partidarização das instituições” enferma gravemente o desempenho da Administração do Estado, então, a “partidarização da pessoa humana”, que arrasta consigo por inerência tendencialmente afectiva para uma “partidarização da família”, empobrece os níveis de cidadania.

Para o também pretendente ao cargo de presidente do MPLA, este facto não só empobrece os níveis de cidadania, como também condiciona, ainda mais do que já acontece infelizmente em Angola, os níveis da participação livre e criativa dos cidadãos.

O militante veterano do MPLA, disse que a análise, a actuação, em livre consciência na vida política, social, profissional e cultural do indivíduo, é altamente condicionada.

“É por isso também, que o número de dirigentes partidários, como fazem os grandes partidos do mundo, deve ser o mais reduzido possível”, defendeu.

Porém, ressalta, procura-se que a qualidade destes dirigentes seja a da mais elevada competência, a da mais profícua coerência, a do mais elevado patriotismo e a da sua mais desenvolvida humildade intelectual.

O país mais populoso do mundo, refere António Venâncio, tem na sua estrutura dirigente máxima, pouco menos de 300 competentes figuras.

“Foi com este pequeno número de dirigentes partidários que este país conseguiu tirar cerca de 400 milhões de chineses da pobreza, em tempo record de muito poucos anos, criando uma forte e poderosa classe média chinesa! E foi com estes menos de 300 dirigentes do seu Comitê Central, que em 10 anos eles conseguiram aplicar em obras mais cimento que os Estados Unidos da América aplicaram em 100 anos!”, relatou.

Segundo António Venâncio, por causa da “partidarização” da sociedade, das instituições do Estado e das pessoas, os paises pagam muito caro e, com isto, sofrem também o próprio desenvolvimento e as populações.

De salientar que, o Eng.º Civil, António Venâncio, militante do MPLA, fez duras críticas contra a decisão, nesta quarta-feira 08 de Dezembro, do Tribunal Constitucional, ao indeferir o pedido de impugnação do VIII Congresso do MPLA, por meio do qual pretendia concorrer à liderança do partido, prometendo levar o caso até às últimas consequências.

Os pronunciamentos foram feitos depois que a Juíza-presidente do Tribunal Constitucional, Laurinda Prazeres Cardoso, indeferiu por meio de um despacho datado de 7 de dezembro a ação cautelar interposta pelo pré-candidato à presidência do MPLA António Venâncio para impugnar o VIII Congresso do partido, que, segundo a mesma, o processo diz respeito às estruturas partidárias.

No entanto, a equipa jurídica de António Venâncio, disse que o recurso é para o plenário do Tribunal Constitucional. Sustenta (em resumo) que a juíza estava impedida de decidir sobre a providência cautelar, uma vez que ela tomou parte da reunião do Comitê Central do MPLA que decidiu sobre a realização do VIII Congresso Ordinário.

 

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