As Autoridades angolanas reviram hoje em alta o número de mortes em consequência das chuvas em Angola, que passou para 332, entre 15 de agosto de 2022 e 21 de abril de 2023.
Há ainda a registar, pelo menos, 649 feridos, 4.292 residências danificadas, 3.827 residências destruídas e 1.741 inundadas e 18.860 famílias afetadas
A atualização dos dados sobre as chuvas, que caem com intensidade nas últimas semanas em Angola, foi feita no final da reunião da Comissão Multissetorial de Proteção orientada pela ministra de Estado para a Área Social, Dalva Ringote.
O Governo angolano anunciou, na sexta-feira, que pelo menos 308 pessoas morreram devido às chuvas, entre agosto de 2022 e abril de 2023, tendo sido afetadas mais de 13 mil famílias.
Manuel Lutango, membro do secretariado executivo da Comissão Nacional de Proteção Civil, e porta-voz do encontro, disse hoje que o plano emergencial contém medidas de curto, médio e longo prazo.
“Trata-se de um plano de ação de resposta, o plano emergencial consiste na ação de respostas que precisam de ser consolidadas para apoiar as populações afetadas, este plano prevê também medidas a serem aplicadas a curto, médio e longo prazo”, afirmou.
Sem avançar o montante para as despesas do plano de emergência, o responsável referiu que as comissões provinciais de proteção civil “servem como base fundamental para dar os dados concretos das pessoas afetadas e beneficiárias da resposta multissetorial”.
Deste encontro, prosseguiu Manuel Lutango, saíram também orientações para resposta “imediata e emergente” e a pretensão de se atualizar o plano nacional de contingência.
“Porque esse plano de contingência gera sempre um plano de ações e ou respostas para os sinistrados”, notou.
“A resposta que se pretende dar é multissetorial como o desassoreamento das águas, distribuição de bens alimentares, reforço para abrigos, distribuições de ‘kits’ de primeira necessidade e outros fatores que forem identificados pela comissão”, assegurou.
Grande parte das províncias angolanas registam chuvas, mas a província do Huambo foi a que registou o maior número de vítimas mortais, 54 no total, desde o início da época chuvosa em agosto de 2022 até abril de 2023.
Em relação à capital angolana, Luanda, que na semana passada registou chuva intensa acompanhada de ventos forte e relâmpagos, as autoridades continuam a fazer o levantamento dos danos, sendo que dados preliminares apontam para mais de 10 mortos.