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Banco Central de Angola (BNA) extingue “departamento de controlo cambial” e reforça inspeção e monitorização

O Banco Nacional de Angola (BNA) anunciou hoje a extinção do seu departamento de controlo cambial e o reforço das áreas de inspeção e monitorização, uma “reorganização” interna visando “melhorar a eficácia da supervisão preventiva” do branqueamento de capitais.

O Banco Nacional de Angola (BNA), em comunicado, justifica o fim da missão do departamento de controlo cambial em consequência da implementação do regime de taxa de câmbio definida pelo mercado, o que concorreu para a “eliminação da necessidade de licenciamento de operações cambiais”.

Segundo a nota, o Banco Nacional de Angola (BNA) deu início, em finais de 2017, a um conjunto de reformas no mercado cambial com o objetivo de implementar um regime de taxa de câmbio flexível, definida pelo mercado com base na procura e oferta de moeda estrangeira.

As reformas visam também eliminar as restrições administrativas e tornar as operações cambiais mais fluidas.

A taxa de câmbio de mercado “promove uma alocação mais eficiente da moeda estrangeira, tornando redundantes os controlos administrativos associados às operações cambiais realizadas pelo banco central”, lê-se no comunicado.

“Assim, implementando o regime de taxa de câmbio definida pelo mercado, o Banco Nacional de Angola (BNA) foi eliminando a necessidade de licenciamento de operações cambiais”, justifica o banco central angolano.

Com a descontinuidade dos serviços do departamento de controlo cambial, o Banco Nacional de Angola (BNA) procedeu ao reforço das suas áreas de inspeção e monitorização, com o objetivo de assegurar que os bancos comerciais têm implementado controlos, processos e procedimentos adequados para “garantir legitimidade de todas as operações bancária executadas, incluindo as operações cambiais”.

Esta reorganização interna, argumenta do Banco Nacional de Angola (BNA), permite melhorar a eficácia da sua supervisão preventiva do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo no setor bancário, abrangendo operações em moeda nacional e estrangeira, e assim reforçar a sustentabilidade do setor.

As reformas implementadas serviram também para “realçar a possibilidade dos bancos comerciais na validação da legitimidade de todas as operações cambiais processadas a pedidos dos seus clientes, já definida na legislação e regulamentação sobre a prevenção do branqueamento de capitais”.

Os operadores do sistema financeiro passam a interagir com o departamento de estatísticas do Banco Nacional de Angola (BNA), “para efeitos de reporte de dados estatísticos relacionados com a matéria cambial”, e com o departamento de conduta financeira, “para esclarecimentos de dúvidas ou quaisquer transações em que seja necessária a intervenção do banco central”.

 

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