O Banco Nacional de Angola (BNA) recebeu, no segundo trimestre deste ano, 208 reclamações, o que corresponde a um aumento de 28,40% comparativamente ao trimestre anterior e uma redução de 19,69% relativamente ao período homólogo de 2022.
De acordo com as reclamações apresentadas ao BNA no II Trimestre de 2023, podem ter influenciado os dados “uma maior conscientização” dos consumidores, que exigem a melhoria da qualidade dos produtos e serviços financeiros prestados pelas instituições supervisionadas pelo banco central angolano.
O documento refere que o mês de maio foi o mais visado, com 75 reclamações, à semelhança do período homólogo, quando registou 91 reclamações.
Problemas com contas de depósito à ordem (66) lideraram a lista de inquietações apresentadas pelos clientes, seguindo-se as transferências (28), prestação de serviços (22), o crédito ao consumo (16), outros tipos de crédito (12), operações cambiais (12) e máquinas de ATM/TPA (11).
Relativamente às 66 reclamações que incidiram sobre as contas de depósito à ordem, os motivos foram principalmente a falta de acesso às mesmas (59%), depois as movimentações indevidas (31%) e outros (10%).
Já para as transferências, o problema ateve-se essencialmente, nas operações em moeda estrangeira, à morosidade (40%) e operação não efetuada/não reconhecida (40%), seguindo-se “outros” (20%).
No que se refere às transferências em moeda nacional lideram as queixas com operações não efetuada/reconhecida (52%), seguindo-se a morosidade nas operações (31%).
Sobre a prestação de serviços, as reclamações incidiram-se sobretudo sobre o atendimento (82%).
“A maioria das reclamações foram apresentadas ao banco central, com 144 do total, sendo que no ranking das instituições financeiras bancárias sistémicas foram registadas uma média de 1,8 reclamações em cada 100 mil clientes, destacando-se os bancos BPC, BFA, BAI, Banco Millennium Atlântico, BIC e SOL, e uma média de 1,60 em cada 50 mil clientes contra outras instituições financeiras bancárias”.