O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa vai decidir, no dia 3 de junho, se o processo BES Angola vai a julgamento. Processo-crime arrasta-se há cerca de 14 anos, mas poderá estar para breve o início do julgamento.
Álvaro Sobrinho, antigo administrador do BES Angola, deverá marcar presença no tribunal e será ouvido logo pelas 10 horas da manhã, de seguida realizar-se-á o debate instrutório onde vai ser tomada a decisão de ida ou não do caso para julgamento, segundo documentos a que a SÁBADO teve acesso.
O ex-banqueiro está a ser investigado por 20 crimes: sete de branqueamento de capitais e treze de abuso de confiança agravado, cindo deles em coautoria. Em 2022 a SÁBADO dava conta dos crimes que a procuradora Rita Madeira e o juiz de instrução Carlos Alexandre consideram que foram cometidos num esquema montado desde 2006.
Envolvidos no “plano que visou manter o financiamento do BESA [BES Angola] à área imobiliária da Escom” estariam também Ricardo Salgado e Hélder Bataglia, referem os despachos assinados pela procuradora e o juiz. O esquema montado terá permitido a Álvaro Sobrinho apropriar-se 399 milhões de euros do BES Angola.
Este é um processo-crime que se arrasta há cerca de 14 anos, mas poderá estar para breve o início do julgamento. No início de 2023 a defesa Álvaro Sobrinho garantiu que o ex-bancário estava a ser investigado “pelos mesmos factos” em Portugal, em Angola e na Suíça, entretanto os processos nestes últimos dois países foram “arquivados por falta de indícios de atividade criminosa”.