Angola continua com um superavit no saldo da conta de bens devido ao efeito combinado do aumento do valor das exportações de petróleo e da redução do valor das importações, anunciou hoje o banco central angolano.
De acordo com o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, que falava hoje depois da reunião do Comité de Política Monetária, dados preliminares, de outubro passado, apontam para um saldo da conta de bens de 2,24 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros) contra 1,71 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) registados em setembro.
José de Lima Massano avançou que o stock de reservas internacionais brutas, em outubro, situou-se em 15,95 mil milhões de dólares (14,1 mil milhões de euros), contra 16,26 mil milhões de dólares (14,4 mil milhões de euros) do mês de setembro, assegurando a cobertura de 12,02 meses de importações de bens e serviços.
“As reservas internacionais líquidas fixaram-se em 10,15 mil milhões de dólares (8,9 mil milhões de euros), face aos 9,45 mil milhões de dólares (8,3 mil milhões de euros) do mês de setembro”, referiu.
No que se refere ao crédito à economia em moeda nacional, foi registada uma expansão de 0,15%, em outubro, tendo atingido 3,79 biliões de kwanzas (5,7 mil milhões de euros) o que eleva a subida, em termos homólogos, para 20,72%.
Sobre a taxa de desemprego da população economicamente ativa, segundo dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística, no terceiro trimestre do ano, o país registou uma taxa de 34%, mais 1,3 pontos percentuais face ao trimestre anterior.
O Comité de Política Monetária decidiu manter a taxa básica de Juro (Taxa BNA) em 20%; a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez em 25%; a taxa de Juro da facilidade Permanente de Absorção de Liquidez de sete dias em 15% e inalterados os coeficientes das reservas obrigatórias em 22%.
A próxima reunião do Comité de Política Monetária está agendada para o dia 28 de janeiro de 2022.