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Bolsas: Anúncio da Moderna sobre vacina provoca recordes em Wall Street

A bolsa de Nova Iorque encerrou em alta depois de a sociedade de biotecnologia Moderna ter anunciado uma eficácia de 94,5% contra a Covid-19. Os investidores pensam no regresso à normalidade.

A bolsa nova-iorquina encerrou esta segunda-feira em alta, com recordes dos índices Dow Jones Industrial Average e S&P500, no seguimento do anúncio da sociedade de biotecnologia Moderna de que a sua vacina contra o novo coronavirus é eficaz em 94,5%.

Os resultados definitivos da sessão indicam que aquele índice seletivo valorizou 1,60%, para os 29.950,44 pontos, limiar que excede o máximo registado em fevereiro.

Na mesma forma, o alargado S&P500 progrediu 1,16%, para as 3.626,91 unidades, e bateu o recorde que tinha fixado na passada sexta-feira.

Sem recorde, mas também em alta foi o comportamento do tecnológico Nasdaq, que ganhou 0,80%, para os 11.924,13 pontos.

Para Art Hogan, da National Securities, “as boas notícias em torno das vacinas e dos tratamentos contra o vírus foram os motores principais” do mercado nas últimas semanas.

Na última segunda-feira, os laboratórios Pfizer e BioNtech afirmaram que a vacina que estavam a desenvolver em conjunto reduzia o risco de contrair a doença em 90%, o que fez subir a praça nova-iorquina.

Estes desenvolvimentos levam os investidores a esperar que “o fim da pandemia e um regresso à normalidade” estejam próximos, disse Hogan.

O título da Moderna valorizou cerca de 10%.

Entre os beneficiários desta onda de otimismo, os setores dependentes de uma reanimação da economia exibiram uma saúde de ferro, como a transportadora aérea United, que ganhou 5,16%, a empresa de cruzeiros Carnival (9,74%) ou o grupo de hotéis e casinos MGM Resorts International (2,36%).

Ao contrário, as empresas que têm beneficiado com o confinamento e da progressão do teletrabalho viram a cotação descer, à semelhança da Zoom, que perdeu 1,19%.

Mas, apesar do otimismo geral no mercado e da esperança na existência de uma vacina disponível em breve, alguns analistas mantêm-se prudentes.

“Ainda há muitos motivos de inquietação, quando os casos de infeção sobem e quando casa vez mais Estados (dos EUA) evocam a possibilidade de fechar as suas economias”, indicou J. J. Kinahan, da TD Ameritrade.

“Os confinamentos poderiam continuar a afetar o mercado e pesar nos resultados financeiros a curto prazo”, acrescentou.

Vários grupos da grande distribuição devem anunciar esta semana os seus resultados trimestrais, como Walmart, Target e Home Depot.

Este último anunciou esta segunda-feira a aquisição em breve, por cerca de oito mil milhões de dólares (6,7 mil milhões de euros), do distribuidor HD Supply, que lhe vai permitir uma presença importante nos serviços pós-venda.

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