spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Casa Branca diz que Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden não se esquiva de falar de “direitos humanos”

Secretária de Imprensa comenta nota da Amnistia Internacional (AI) que insta o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) a abordar o assunto em Angola.

A secretária de imprensa da Casa Branca confirmou a viagem do Presidente americano a Angola de 13 a 15 deste mês e disse que Joe Biden nunca se esquiva de falar sobre os direitos humanos.

Na conferência de imprensa diária, Karine Jean-Pierre revelou nesta sexta-feira, 4, a agenda do Presidente para os próximos dias, a qual inclui a deslocação no dia 10 a Alemanha, de onde viajará para Luanda no dia 13.

Na ocasião, a correspondente da Voz da América na Casa Branca, Patsy Widakuswara, questionou a secretária de imprensa sobre a nota emitida hoje pela Amnistia Internacional (AI) que insta o Presidente americano, na sua primeira viagem a um país africano, Angola, a colocar na sua agenda “a defesa dos direitos humanos, da mesma forma que celebra os investimentos do seu país no continente”.

Aquela organização de defesa dos direitos humanos acrescenta que “o silêncio de Biden sobre o declínio do espaço cívico em Angola é preocupante”.

Na resposta, Karine Jean-Pierre disse que “recebemos esta pergunta, este tipo de perguntas, sobre violações dos direitos humanos, sempre que ele se encontra (com pessoas) ou viaja, e sei que vão surgir, mas o Presidente, como sabe, nunca se esquivou a uma conversa direta sobre direitos humanos e democracia em qualquer conversa”.

“Eu posso esperar que ele fará o mesmo nesta viagem e, por isso, não tenho nada além disso, mas o Presidente nunca se esquivou a isso, nunca se esquivou”, concluiu a secretária de imprensa.

Antes, contactada pela Voz da América, a porta-voz do Departamento de Estado para os países lusófonos, Amanda Roberson, afirmou em nota que “o desenvolvimento económico não pode acontecer às custas dos direitos humanos”.

“É por isso que os Estados Unidos trabalham com governos e parceiros da sociedade civil na África e ao redor do mundo para defender as liberdades civis que são essenciais para democracias fortes”, concluiu aquela porta-voz do Departamento de Estado.

Direitos humanos tem de estar na agenda

Com o título “Os direitos humanos devem estar à frente e no centro na viagem a Angola”, a nota da AI diz que o Presidente americano “tem a oportunidade de se juntar aos defensores dos direitos humanos e às comunidades, insistindo junto dos parceiros económicos que os Estados Unidos não ignorarão as violações dos direitos humanos em prol de oportunidades de investimento”. Direitos humanos tem de estar na agenda.

Aquela organização considera que “na sua única viagem da sua Presidência à África Subsariana (Joe Biden) deve levantar preocupações em matéria de direitos humanos”, embora reconheça em a promoção das oportunidades de investimento em todo o continente pelos Estados Unidos”.

Quanto a Angola, além de considerar que “o silêncio de Biden sobre o declínio do espaço cívico em Angola é preocupante”, aquela organização de defesa dos direitos humanos lembra que o Governo “prendeu e condenou arbitrariamente vários ativistas por exercerem os seus direitos à liberdade de expressão e de reunião pacífica”.

Estes ativistas acabaram de completar um ano de prisão e a um deles “estão a ser negadas as prescrições médicas necessárias”.

Embora os recentes investimentos dos Estados Unidos “tenham ajudado a estabilidade política, os jovens à procura de emprego e a atingir os objetivos de segurança mútuos de combate ao extremismo violento”, a AI conclui que “estes esforços serão prejudicados se os direitos humanos não forem uma prioridade e a sociedade civil não possa desempenhar uma importante função de supervisão”.

Por agora, desconhece-se a agenda de Joe Biden em Angola.

Ao anunciar a visita, a 24 de setembro, a Casa Branca disse que Biden e o Presidente João Lourenço vão discutir o “aumento da colaboração em prioridades compartilhadas, incluindo o fortalecimento de nossas parcerias económicas que mantêm as nossas empresas competitivas e protegem os trabalhadores”.

 

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Destaque

Artigos relacionados