Na audiência de julgamento desta quinta-feira, 25, o arguido Honorilton Gonçalves disse que nunca teve acesso às contas bancárias da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola (IURD) e que só olhava pelas orientações das ovelhas na vertente espiritual.
Quanto aos bens doados a igreja especificamente no programa “fogueira santa”, o bispo fez saber que todas as doações era bem vindas e serviam para a manutenção da igreja.
O bispo da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola (IURD) definiu a fogueira santa como uma das mais altas actividades da sua congregação, cujo objectivo é a salvação das almas.
Questionado se a igreja avaliava as condições financeiras dos fiéis, Honorilton Gonçalves respondeu que os pastores não o faziam pois “era impossível dado o número elevado de crentes”.
Confrontado pelo juiz da causa, Tutti António, se teve conhecimento de que a Igreja Universal do Reino de Deus recebia outras doações como casas, terrenos, carros e outros bens não dinheiro, o antigo líder da IURD em Angola respondeu não saber por não ter acesso a essas informações.
“Todo o dinheiro que entra, vai para às contas bancárias da igreja e eu não sou assinante de nenhuma conta”, explicou o bispo, acrescentando que, “apesar de líder máximo da organização não tinha o poder decisivo”.
Ainda na sessão desta quinta-feira, 25, o Ministério Público exibiu um vídeo do líder mundial da igreja, Edir Macedo, onde supostamente ensina os pastores como subtrair dinheiro aos fiéis.
Honorilton Gonçalves diz que o vídeo ora exibido foi alterado e que o mesmo é proibido no Brasil.
Nas suas alegações, Honorilton Gonçalves avançou que todo obreiro antes de atingir a categoria de pastor é submetido a uma formação por um responsável do sector.
O julgamento prossegue nos próximos dias com o interrogatório aos declarantes arrolados no processo.