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Centenas concentram-se na capital angolana (Luanda) e prometem “marcha pacifica” contra subida do preço da gasolina

Mais de duas centenas de pessoas concentraram-se hoje pelas 10:00 no cemitério de Santana, em Luanda, onde terá início uma marcha de protesto contra a subida dos combustíveis e o fim da venda ambulantes.

Sob o olhar vigilante de um enorme cordão policial, ativistas, maioritariamente jovens gritavam, pediam os “empregos prometidos”  e o “fim da repressão da venda ambulante”,  prometendo marchar pacificamente ate ao Largo da Mutamba.

Empunhando cartazes com dizeres como o “preço da gasolina subiu, o arroz subiu, só o salário não subiu”, “queremos salários condignos” e “manifestação não é crime” gritavam também palavras de ordem como “João Lourenço fora”, à medida que a moldura humana ia engrossando com a chegada de mais manifestantes.

Alguns mototaxistas, classe profissional que tem estado no centro dos protestos contra o aumento do preço da gasolina também se fizeram presentes no local aguardando o inicio da marcha, previsto para as 13:00 ate ao largo da Mutamba, no coração de Luanda.

“Mamãs zungueiras”, as tradicionais vendedoras ambulantes, juntaram -se também ao protesto, umas dançando e cantando, outras tentando vender algumas das suas mercadorias.

Também presentes estão alguns deputados da oposição, sem os seus símbolos partidários, já que a UNITA, maior partido da oposição angolana, optou por se solidarizar com a causa, sem participar oficialmente na manifestação, deixando aos seus militantes a possibilidade de o fazerem individualmente.

Alguns membros de organizações não-governamentais e movimentos cívicos como o Mudei, Lauleno e a Sociedade Civil Contestatária acorreram igualmente à zona da concentração, onde se encontram igualmente grande número de jornalistas.

Dito Dali, um dos organizadores da marcha, disse à Lusa que a manifestação “não visa danificar bens públicos, muito menos privados, mas apenas exigir direitos”.

O ativista sublinhou que “a marcha é livre e ninguém está obrigado a participar na mesma”, pedindo “postura cívica” aos manifestantes durante o trajeto.

Espera também que a polícia nacional tenha “postura republicana” e assegure os manifestantes ate ao fim da marcha.

A nível de trânsito, os acessos estão a fazer-se normalmente e não há até ao momento registo de incidentes.

A manifestação está a decorrer igualmente noutras províncias angolanas.

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