Centrais sindicais angolanas alertaram hoje o Presidente angolano para a “precariedade” do poder de compra dos salários e defenderam um aumento do salário mínimo nacional, mais concertação social, além de enaltecerem “a abertura” de João Lourenço.
As posições constam de um memorando que foi entregue hoje pelos secretários-gerais da Central Geral dos Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), Francisco Jacinto, da União Nacional dos Trabalhadores Angolanos – Confederação Sindical (UNTA-CS), José Laurindo, e da Força Sindical, Cleófas Venâncio.
A necessidade de mais concertação social, sobretudo nos setores da saúde e educação, em greve nos últimos meses, a precariedade do poder de compra dos salários e o aumento do salário mínimo nacional, plasmados no memorando, nortearam a conversa entre João Lourenço e dos líderes sindicais.
Francisco Jacinto, secretário-geral da CGSILA, saudou, à saída da audiência, que decorreu no Palácio Presidencial à Cidade Alta, em Luanda, a abertura de João Lourenço ao diálogo assinalando o momento como “um bom sinal”.
“Hoje é a segunda vez que somos recebidos e nós estamos agradecidos e é sinal de facto de abertura e nós, por isso hoje sendo a segunda vez que nos recebe, não deixamos de realçar a sua importância e a sua relevância”, disse em declarações aos jornalistas.
Segundo o responsável sindical, durante o encontro, os sindicatos, “enquanto defensores da classe trabalhadora”, colocaram as preocupações e o Presidente da República “garantiu, na medida do possível, orientar e fazer aquilo que é possível para resolvê-las”.
Trabalhadores angolanos marcharam no domingo, Dia Internacional do Trabalhador, pedindo mais dignidade, descanso semanal, salário condigno e férias pagas.