A consultora Oxford Economics Africa estima que a moeda angolana abrande a trajetória de subida, fechando o ano com uma subida dos preços na ordem dos 18,3%, depois de subir 25,7% no ano passado.
“Antevemos que uma apreciação da taxa média de câmbio do kwanza e um abrandamento na subida dos preços das matérias-primas ajudem a inflação a abrandar para atingir uma média de 18,3% em 2022, depois dos 25,7% registados em 2021”, lê-se num comentário aos dados do Instituto Nacional de Estatística sobre a subida dos preços em dezembro.
No comentário, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que “apesar das condições económicas deprimidas e da recente robustez do kwanza, a inflação continuou a sua trajetória ascendente em 2021″, motivada principalmente pelos efeitos da significativa queda da moeda angolana em 2019 e 2020, que surgiu devido aos preços globais do petróleo e à reduzida intervenção do banco central, que fez a moeda perder 56% do valor face ao dólar nesses dois anos”.
A inflação em Angola continuou a aumentar, chegando aos 27,03% em dezembro, o valor mais alto desde julho de 2017, e subindo também 2,1% face ao valor de novembro.