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COVID-19: Angola à procura de outras “vacinas está em negociações com a Rússia”

A ministra da Saúde de Angola disse hoje que o país está a trabalhar noutras aquisições da vacina contra a covid-19, com fundos próprios, como a vacina russa.

Sílvia Lutucuta, que procedia à apresentação do Plano Nacional de Vacinação de Angola, disse que o país está a recorrer, na procura, a todas as vacinas seguras e certificadas.

Segundo a ministra, além das possibilidades da União Africana, com a Pfizer, AstraZeneca, Johnson & Johnson e algumas iniciativas da China, Angola também está a olhar para a vacina Sputnik V.

“Nós estamos a trabalhar entre governos e quando se trabalha entre governos o preço é mais baixo, mas para cada dose são 9,9 dólares, este é o preço de governos, porque noutros mercados são o dobro, mas nós estamos a ir diretamente à fonte, poupar recursos, garantia da qualidade, porque é preciso ter muito cuidado por esta altura, porque já há muita contrafação de vacinas e temos que ter a certeza que estamos a ir buscar vacinas aos fabricantes”, afirmou Lutucuta.

O primeiro lote de vacinas chegou a Angola esta semana, um total de 624 mil doses da vacina AstraZeneca, fabricada na Índia, no âmbito da Iniciativa Covax, devendo ser fornecida até ao final de julho 12,8 milhões de doses.

“Apesar de um número pequeno já vacinamos 92 pessoas, várias idades, pessoas da linha da frente, alto risco, as nossas médicas e as técnicas muito jovens, mas estão na linha da frente e não tiveram efeitos adversos”, sublinhou.

A governante angolana referiu que o Plano Nacional de Vacinação é ambicioso e prevê vacinar toda a população acima dos 16 anos, o que representa 52%, esperando-se vacinar um total de 16,8 milhões pessoas.

“As pessoas não são obrigadas, mas convém que fique claro que ninguém quer morrer e que a vacina protege, não queremos aqui pessoas amanhã arrependidas por não terem ido apanhar a vacina e depois passados 15 dias está em estado crítico, morre, só porque não quis apanhar a vacina”, disse Sílvia Lutucuta, realçando que a vacina “é gratuita, protege, salva vidas”.

A titular da pasta da Saúde, além do Plano de Vacinação com todas as componentes que levaram à sua aprovação, destaca também a criação da sua nova cadeia de frio, preparada para receber qualquer tipo de vacina, com várias temperaturas, refrigeração de dois a oito graus, a congelação (- 20 graus) e também ultrafrio (-86 graus).

“No caso desta vacina em particular, da AstraZeneca a sua temperatura é de dois a oito graus e temos este tipo de condições a nível nacional, por força do Programa Alargado de Vacinação (PAV)”, disse.

A governante angolana anunciou para sábado o início de vacinação em Luanda num centro de alto rendimento, no pavilhão anexo da Cidadela Desportiva, serão atendidos os profissionais de saúde da província de Luanda.

Para o efeito deve ser feito um pré-registo nas unidades sanitárias, devendo os profissionais de saúde, acompanhados dessa ficha, bilhete de identidade ou um documento de identificação laboral, encontrar no local a informação necessária para terem uma vacinação tranquila, aconselhou a ministra.

Angola regista um total de 20.981 casos de covid-19, dos quais 511 mortos e 19.553 pessoas recuperadas.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.560.789 mortos no mundo, resultantes de mais de 115, 1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

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