O Governo angolano está preocupado com o aumento de mortes por covid-19, que se vem verificando nas últimas semanas, superior aos óbitos por malária, disse o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República.
Segundo Francisco Furtado, particularmente o número de óbitos resultante dos efeitos da pandemia, “já atingiu resultados bastante negativos”.
“Por exemplo, nas últimas duas semanas o número de mortes registadas nas unidades sanitárias é superior ao número de mortes verificadas com malária e outras situações que vínhamos acompanhando no passado. Isto realmente é preocupante e é preciso que se tomem algumas medidas para alterar o quadro”, disse o governante angolano.
De acordo com Francisco Furtado, na semana passada, numa ronda feita pelas escolas de Luanda pelo Ministério da Saúde, verificou-se que em 211 pessoas testadas, 24 tiveram resultado positivo.
“O que está acima de 10%, que é bastante preocupante, algumas medidas terão que ser retomadas do ponto de vista do melhoramento, não só de redução da capacidade das turmas de aula e também algumas unidades sanitárias, como estas que fiz referência, particularmente na região do município de Belas e Talatona, terão de ser tomadas outras medidas para se alterar o quadro que se verificou nestas duas semanas”, frisou.
Angola registou até domingo 55.121 casos positivos, 1.501 óbitos, 47.273 recuperações e 6.347 ativos, dos quais 43 críticos, 49 graves, 171 moderados, 86 leves e 5.998 assintomáticos, estando internados 349 doentes, em quarentena institucional 126 pessoas e sob vigilância epidemiológica 3.132 contactos.
No decorrer da última semana, chegou a registar num dia 26 mortes, o número mais alto desde o início da pandemia em Angola, em março de 2020, bem como os casos positivos, tendo registado no sábado 515 novas infeções.
A covid-19 provocou pelo menos 4.740.525 mortes em todo o mundo, entre 231,48 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.