Angola recebeu hoje as primeiras 165.600 doses de vacinas contra covid-19, da farmacêutica Janssen, do grupo Johnson & Johnson, adquiridas pelo Governo angolano através de uma plataforma da União Africana
Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública de Angola, Franco Mufinda, as autoridades pretendem vacinar 54% da população, prevendo-se que estas vacinas sejam administradas nas províncias do Cunene, Cuando Cubango, Huíla e Namibe.
“Estas vacinas vão-nos facilitar vacinar sobretudo as populações transumantes ou até nómadas, já procedemos ao levantamento das pessoas que temos nesta condição e nos próximos dias poderemos iniciar o processo de vacinação”, referiu Franco Mufinda, em declarações à imprensa, emitidas pela rádio pública angolana.
Franco Mufinda frisou que cada vacina, de dose única, foi adquirida ao custo de 7,5 dólares (6,37 euros).
Este é o primeiro lote de vacinas que deverão chegar a Angola, numa periodicidade mensal, até setembro de 2022, informou o representante da Afreximbank, Humphrey Nwungo, salientando que foram disponibilizados dois mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros) de garantia para a produção de vacinas pela Janssen.
Com os números das últimas 24 horas, o país contabiliza agora 43.662 casos positivos, 1.049 óbitos, 4.122 recuperados e 2.491 ativos, dos quais 13 em estado crítico, 16 graves, 92 moderados, oito leves e 2.362 assintomáticos, estando 129 pessoas internadas, 217 outras em quarentena institucional e 806 contactos sob vigilância epidemiológica.
Os dados disponibilizados, sexta-feira, pelas autoridades sanitárias do país indicam que já foram administradas 1,7 milhões de doses de vacinas contra a covid-19.
A pandemia de covid-19 fez pelo menos 4.287.427 mortos em todo o mundo, entre mais de 202,2 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, desde que a OMS detetou a doença na China em finais de dezembro de 2019, segundo o último balanço da France-Presse com base em dados oficiais.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.