Angola registou três casos de covid-19 nas últimas 24 horas, num total de 5.881 amostras por RT-PCR, o que representa uma taxa de positividade de 0,05%, segundo o boletim epidemiológico da Direção nacional de Saúde Publica.
Pelo oitavo dia consecutivo, não houve registo de mortes.
Os novos casos, entre os 2 e 41 anos, foram identificados nas províncias do Cunene, Huambo e Zaire, tendo sido neste período consideradas recuperadas da doença nove pessoas.
Os registos estão em linha com a tendência do mês de fevereiro, em que se tem assistido a uma redução significativa do número de casos.
Angola soma 98.701 casos de covid-19, dos quais 96.622 recuperados da doença, 180 ativos e 1.899 óbitos, encontrando-se internados quatro pacientes.
Na terça-feira, a comissão multissetorial de combate à covid-19 em Angola anunciou que vai propor que deixe de ser obrigatório apresentar teste negativo nos setores públicos ou em qualquer outro estabelecimento e passe a ser exigido o certificado de vacinas, para reverter o quadro de resistência à vacinação.
O coordenador da comissão, Francisco Furtado, disse que iria propor que termine a obrigatoriedade da apresentação de testes à covid-19, sendo obrigatório que os cidadãos apresentem o certificado de vacinação com as duas doses ou com a dose única da Johnson & Johnson.
“Desta forma, nós iremos deixar a prioridade para o uso dos testes nas unidades hospitalares, no acesso às fronteiras aéreas e terrestres e implementar algumas medidas rigorosas para obrigar a que a população se vacine mais”, afirmou Furtado, em declarações emitidas pela rádio pública angolana, no final da reunião de balanço semanal da comissão.
Francisco Furtado assinalou a redução da taxa de incidência de 1,7% em janeiro para 0,1% no mês em curso, mas apontou também o “comportamento negativo da população” que não se quer vacinar e deixou de fazer o uso adequado de máscaras e medidas de biossegurança.
O também chefe da Casa Militar do Presidente da República frisou que janeiro foi o melhor mês em termos de vacinação, desde o início do processo no país, com o registo de mais de 3,2 milhões doses administradas.
Francisco Furtado disse que, apesar de estarem a pensar propor o aliviamento de algumas medidas, é preciso agravar o capítulo da vacinação.
Nesta altura, mais de quatro milhões de pessoas ainda não tomaram a primeira dose e mais de cinco milhões faltaram à segunda dose, segundo o mesmo responsável.