O Conselho de Ministros de Angola aprovou hoje o levantamento da cerca sanitária à província de Luanda, capital do país, que se encontra nesta condição desde março de 2020 devido à pandemia da covid-19.
No final da reunião, o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Francisco Furtado, disse que foi aprovada a retirada da cerca sanitária a Luanda, tendo em conta a evolução positiva da eficácia das medidas de prevenção e controlo da propagação do vírus SARS-COV-2 e da covid-19.
Francisco Furtado frisou que foi tida em conta também para esta alteração a evolução positiva das regras de funcionamento dos serviços públicos e privados e dos equipamentos sociais, durante o período de vigência desta cerca sanitária, resultante dos sucessivos decretos presidenciais.
Segundo o governante, o Conselho de Ministros considerou também que se revela necessário dar continuidade ao retorno gradual das atividades económicas mais diretamente afetadas pela pandemia e de atividades similares, com particular destaque para o regresso da mobilidade de pessoas e bens em todo o território nacional.
“Esta medida de retirada da cerca sanitária leva de facto a que os cidadãos tenham cada vez mais consciência de que a propagação do vírus continuará a ser um facto e a única forma de se evitar isso é de facto se continuar a observar as regras sanitárias de biossegurança”, apontou o ministro de Estado.
Francisco Furtado salientou que estudos realizados nos últimos tempos revelaram como um dos fatores na origem da propagação do vírus, os eventos que têm sido realizados a nível familiar, nas casas, nas festas que continuam a ser realizadas e por não observância das regras estabelecidas no Decreto Presidencial.
“Aproveitamos a oportunidade para com isto dizer que o novo Decreto Presidencial sobre o estado de Calamidade Pública em substituição do atual decreto 189/21 entrará em vigor às zero horas do dia 01 de setembro, portanto, amanhã [quarta-feira]”, indicou.
A província de Luanda manteve-se em cerca sanitária desde 27 de março de 2020, estando as pessoas obrigadas a procederem ao teste de despistagem da doença para entrarem e saírem da capital angolana.
Angola registou até à data um total de 47.331 casos positivos, 1.210 óbitos, 43.322 recuperados e 2.792 ativos.
A covid-19 provocou pelo menos 4.507.823 mortes em todo o mundo, entre mais de 216,98 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.