A polícia angolana deteve dois cidadãos estrangeiros no aeroporto internacional 4 de fevereiro, que pretendiam viajar com certificados falsos de covid-19, informou o Serviço de Investigação Criminal (SIC).
Uma nota distribuída hoje à imprensa refere que os cidadãos de nacionalidade gambiana e guineense, de 31 e 51 anos, são comerciantes e residentes no país há mais de 15 e 20 anos.
A detenção ocorreu, segunda-feira, no momento do check-in para o embarque de passageiros no voo ET-850 da companhia aérea Etiópia Airlines, que seguiu para Adis Abeba.
Segundo a nota, os dois homens confessaram não ter realizado o teste, que adquiriram ao preço de 75.000 kwanzas e 70.000 kwanzas (cerca de 90 euros).
“Realçar que na sequência, foram realizadas ações para verificar a autenticidade dos comprovativos apresentados pelos passageiros e depois da inserção dos nomes no aplicativo do Ministério da Saúde realizados no Centro de Diagnóstico Laboratorial de Biologia Molecular para SARS-COV-2 (RT-PCR) – Viana, determinou-se que não figuram na base de dados, tendo sido considerados falsos”, realça o comunicado do SIC.
Os dois homens estão implicados no crime de falsificação de documentos e serão presentes ainda hoje ao magistrado do Ministério Público para o primeiro interrogatório e consequente responsabilização criminal.
Angola registou até à presente data um total de 28.875 casos positivos, 636 óbitos e 24.772 recuperados, estando ativos 3.467 casos, dos quais 21 em estado crítico, 35 graves, 138 moderados, 77 com sintomas leves e 3.196 assintomáticos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.306.037 mortos no mundo, resultantes de mais de 158,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.