A primeira-dama de Angola destacou hoje a participação ativa e resiliente das mulheres no combate à covid-19, “fundamental para a resposta rápida” à crise social e económica decorrentes da pandemia.
Numa mensagem alusiva ao 08 de março, Dia Internacional da Mulher, Ana Dias Lourenço sublinhou a participação ativa de um conjunto de mulheres nas diferentes áreas, na busca de soluções, na tomada de medidas e na linha da frente no combate à pandemia e no tratamento de doentes.
Ana Dias Lourenço salientou que foram e são as mulheres as que mais se empenharam na sensibilização da população para o cumprimento das medidas de biossegurança e promoção da saúde e bem-estar para todos os cidadãos, em especial crianças e idosos.
“Temos que nos consciencializar que, depois desta pandemia, o grande desafio será o de enfrentar e resolver os problemas que se agravaram nos nossos países, por força dos confinamentos e de retração económica, nomeadamente a violência doméstica, a violência baseada no género, o desemprego, particularmente o feminino”, disse.
Segundo a primeira-dama angolana, “são as mulheres que têm mais dificuldades em manter o emprego em situação de crise, porque a elas é pedido que fiquem em casa para cuidar dos filhos, da família”.
Ana Dias Lourenço defendeu ainda a valorização das competências adquiridas pelas mulheres no contexto profissional, familiar e social, e a sensibilização de toda a sociedade, em particular as empresas e outras entidades empregadoras a incorporar os princípios da igualdade de género e não discriminação e da parentalidade.
A educação sexual e o reforço do planeamento familiar e de todas as medidas que possam prevenir a gravidez na adolescência, o acesso aos cuidados pré-natais e ao parto seguro e humanizado são as prioridades destacadas por Ana Dias Lourenço.
“Continuo a defender a aposta na educação como sendo absolutamente essencial para um desenvolvimento integrado e sustentável. Estou convicta de que não poderemos alcançar este objetivo sem que consigamos construir uma plataforma de parcerias e solidariedade num contexto nacional e internacional, e que tenha fortes raízes no espaço da língua portuguesa no continente africano, mas também no contexto das Organizações das Nações Unidas“, lê-se na mensagem.