Três cidadãos, de 37, 29 e 26 anos, detidos por burla, falsa qualidade e emissão fraudulenta de credencias da Covid-19, foram apresentados hoje, sexta-feira, no município de Cacuaco pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC).
No acto de apresentação, o porta-voz do SIC, superintendente Manuel Halaiwa, disse aos jornalistas que o homem de 37 anos se fazia passar por funcionário do Tribunal da Comarca de Luanda e recebia valores monetários prometendo a soltura de indivíduos detidos.
A detenção ocorreu no momento em que o homem se preparava para receber o valor de 400 mil Kwanzas de uma cidadã, sob pretexto da necessidade de pagar a caução do esposo, arguido preso, no âmbito de um processo-crime que corre os trâmites naquela comarca.
De acordo com o responsável, das diligências feitas, soube-se que o suposto funcionário já se fez também passar por advogado e procurador, tendo havia recebido de uma outra mulher, o valor de 200 mil Kwanzas, sendo 50 mil em cash e o restante por transferência bancária e em conta de terceiros, com o mesmo fim.
De referir que, o homem reincidente já esteve detido em 2018, por falsificação de documentos e burlas por defraudação, usando o mesmo modus operandi.
Os outros dois homens são acusados da emissão fraudulenta de credencias e certificados digitais do posto de vacinação contra a Covid-19 na Cidadela.
Trata-se de um enfermeiro, agente comunitário pertencente a uma associação e um subchefe bombeiro.
Segundo o porta-voz Manuel Halaiwa, a detenção resultou de uma denúncia o que permitiu a detenção dos suspeitos.
Em posse destes foram encontrados vários documentos fraudulentos, apreendidos como meios de prova.
O SIC apurou que os indivíduos aproveitaram-se da sua posição para inserir desde o princípio do mês, no sistema informático, os nomes de diversos cidadãos, entre familiares, amigos e expatriados, sobretudo de nacionalidade libanesa, sem que lhes fossem administradas as vacinas, em troca de favores para empregar familiares.
” Todos detidos serão presentes ao Ministério Público para responsabilização criminal, enquanto diligências prosseguem para esclarecer melhor os factos”, sublinhou Manuel Halawia.