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COVID-19: UNITA assume “incumprimento” das regras em atos públicos em Angola

A UNITA, oposição angolana, assumiu hoje culpa no “incumprimento” das medidas de biossegurança, devido à covid-19, em atividades políticas de massa, exortando outros partidos políticos a “darem a mão à palmatória” e a “obedeceram” às regras sanitárias.

Segundo o presidente do grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido na oposição), Liberty Chiyaka, os “angolanos, dirigentes e deputados investidos de responsabilidades de Estado”, devem “assumir a sua responsabilidade”.

“De forma acrescida, devemos fazer tudo para que a sociedade de uma forma geral, partidos políticos sejam eles a UNITA, MPLA ou outros partidos, possam respeitar as leis, porque afinal está em causa a saúde pública e, quanto a isso, devemos dar a mão à palmatória”, afirmou hoje o responsável, em conferência de imprensa.

Os partidos políticos que realizam atividades políticas “sem respeitar as regras de biossegurança deverão fazer tudo para que se possa corrigir aquilo que está mal”, exortou.

Vários partidos políticos angolanos, sobretudo a UNITA e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder), são acusados e criticados pela sociedade civil de “violação sistemática” das regras de biossegurança em atividades políticas de massa.

Pelas redes sociais circulam diariamente imagens que certificam a realização de atividades públicas de ambos os partidos, em Luanda e pelo interior de Angola, com “ajuntamentos consideráveis” de pessoas que favorecem a propagação da covid-19.

O mais recente decreto presidencial sobre a situação de calamidade pública, que Angola vive há mais de um ano, visando travar a propagação da covid-19, proíbe os ajuntamentos na via pública e estipula multas para os incumpridores.

Liberty Chiyaka, que falava hoje em conferência de imprensa de apresentação do projeto de lei sobre a Liberdade de Reunião e de Manifestação, que visa revogar o diploma de 1991, a proposta visa igualmente “travar as alegadas manifestações financiadas”.

“Não vamos entrar agora na especulação, os angolanos sabem aquilo que tem acontecido, a história de muitas manifestações que não foram realizadas porque os seus promotores talvez tenham sido corrompidos, infelizmente persegue a nossa história política recente”, respondeu, quando questionado pelos jornalistas.

A resposta da UNITA “para a solução desse problema é a apresentação desse projeto de lei”, indicou.

“Não queremos olhar mais para o passado, mas sim para futuro no sentido de ultrapassarmos os temores que existem da parte de quem governa e também procurarmos orientar o comportamento dos manifestantes e temos aí o projeto”, sustentou.

Para a UNITA, a lei vigente sobre a liberdade de reunião e manifestação “é inconstitucional e precisa de ser revogada”, facto que motivou a formação política a elaborar o projeto remetido hoje ao gabinete do presidente do parlamento angolano.

Angola soma 38.556 casos de covid-19, 889 óbitos e 32.791 doentes recuperados desde o início da pandemia.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.925.816 de vítimas em todo o mundo, resultantes de 181.026.547 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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