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CPLP: Acordo de mobilidade alimenta “o mesmo sentimento de pertença” dos cidadãos – novo secretário-executivo

O novo secretário-executivo da CPLP, o timorense Zacarias da Costa, considerou o acordo de mobilidade um “marco histórico” que permite o “mesmo sentimento de pertença” de todos os cidadãos

O novo secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o timorense Zacarias da Costa, considerou hoje o acordo de mobilidade um “marco histórico” que permite o “mesmo sentimento de pertença” de todos os cidadãos.

O “acordo sobre a mobilidade constitui um marco verdadeiramente histórico”, ao “permitir a aproximação dos nossos cidadãos” que “poderão estar unidos um dia pelo mesmo sentimento de pertença”, afirmou Zacarias da Costa, no discurso após a tomada de posse como secretário-executivo, sucedendo ao português Francisco Ribeiro Telles.

“Nesta primeira ocasião em que me dirijo enquanto secretário-executivo empossado vem-me à memória da cerimónia constitutiva da CPLP que tive a honra de acompanhar”, enquanto membro de uma “comitiva da resistência” timorense, durante a ocupação indonésia, disse.

“Há 25 anos, vi nascer esta organização, numa altura em que o meu próprio país lutava pelo seu direito à liberdade e à existência enquanto país soberano e independente”. Nessa ocasião, “os países da CPLP uniram-se a uma só voz” na defesa da causa, recordou Zacarias da Costa.

A “CPLP é sem dúvida uma organização jovem, mas uma organização que provou o seu relevo desde os primeiros dias, que não deve ser subestimada nem esquecida”, disse, referindo-se a quem questiona a relevância da CPLP, mas o “apoio coletivo dos países irmãos demonstrou sempre o valor da comunidade”, acrescentou.

No contexto de pandemia da covid-19, a CPLP aprendeu “lições importantes” e percebeu que é necessária tornar-se numa “organização viva, dinâmica e adaptada” aos novos tempos.

“A nossa CPLP deve estar à altura das aspirações e anseios dos nossos cidadãos”, com “impactos efetivos e concretos”, afirmou.

O novo secretário-executivo saudou a decisão de Angola, que vai presidir nos próximos dois anos à organização, em focar a prioridade na “cooperação económica e empresarial”.

“Estarei plenamente empenhado em cumprir” as decisões dos Estados-membros, disse, considerando, que “apenas uma agenda concreta poderá ter efeito” nas populações.

“Se o nosso objetivo for de transformar a nossa comunidade de estados numa comunidade de pessoas temos de incrementar a nossa ação em todos os setores” concluiu.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP, que hoje celebra 25 anos.

 

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