Presidente angolano, João Lourenço, afirmou em Luanda que o país que irá presidir à CPLP no biénio 2023-24 será anunciado apenas dentro de 15 dias, rompendo uma tradição da organização
O Presidente angolano, João Lourenço, afirmou hoje em Luanda que o país que irá presidir à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no biénio 2023-24 será anunciado apenas dentro de 15 dias, rompendo uma tradição da organização.
Na XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da organização, que decorre na capital angolana, país que preside nos próximos dois anos à organização, estava previsto o anúncio do país que iria suceder a Angola.
No entanto, “os chefes de Estado e de Governo realizaram um encontro de concertação que se debruçou exclusivamente sobre esta matéria e decidiram que o país que vai assumir a presidência será anunciado dentro de 15 dias”, afirmou João Lourenço, numa breve intervenção antes da assinatura da declaração final do encontro de hoje.
Esta decisão rompe com uma tradição deste tipo de cimeiras, que costumam realizar-se nos locais onde é anunciada a futura presidência.
Na cerimónia final, estava já ausente o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, que regressou a Bissau para receber o Presidente da República Democrática do Congo e presidente em exercício da União Africana, Félix Tshisekedi.
Segundo fonte contactada pela Lusa, este adiamento da decisão da nova presidência está relacionado com contactos adicionais entre os governantes e com a clarificação política em São Tomé e Príncipe, que tem a primeira volta das eleições presidenciais no domingo.
Dentro de duas semanas, irá realizar-se a segunda volta.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.