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“Desemprego em Angola cai para menos de 30% no último trimestre de 2022, a mais baixa desde 2019” — Banco Fomento Angola (BFA)

O Gabinete de estudos económicos do Banco Fomento Angola (BFA) considera que a taxa de desemprego em Angola deverá ficar novamente abaixo dos 30% no último trimestre de 2022, a mais baixa desde 2019.

“o desemprego deverá quebrar os 30% novamente no quarto trimestre”, lê-se na nota enviada aos clientes, e a que a Lusa teve acesso, que surge depois da divulgação, pelo Instituto Nacional de Estatísticas de Angola, de uma redução de 4,1 pontos percentuais no terceiro trimestre de 2022, em comparação com o período homólogo, e de 0,2 pontos percentuais em comparação com o segundo trimestre, quando a taxa foi de 30,2%.

“A recuperação da economia está a levar a um início da descida mais persistente da taxa de desemprego em Angola”, acrescenta-se na nota, que alerta, no entanto, que a economia do maior produtor de petróleo na África subsaariana continua marcada informalidade.

“A informalidade da economia angolana continua muito relevante – no 3º trimestre do ano em curso, o número de pessoas empregadas no mercado informal aumentou 433,0 mil (+5,0% face ao homólogo) para 9,1 milhões, representando aproximadamente 80% do total do número de empregados em Angola”, dizem os economistas.

Para 2023, o gabinete de estudos económicos do BFA prevê que se mantenha a tendência de descida, que surge também num contexto de recuperação da economia angolana, que deverá crescer cerca de 3% este ano.

“A nossa previsão é de que a situação no mercado de trabalho continue a melhorar, com a taxa de desemprego a fixar-se entre os 28 e os 29%, abaixo do mínimo de 29% registado no início da série estatística, no segundo trimestre de 2019”, concluem os analistas.

A taxa de desemprego em Angola é das maiores entre os países africanos, ligeiramente abaixo dos valores registados na Nigéria (33,3%) e da África do Sul (32,9%), de acordo com os dados compilados pela agência de informação financeira Bloomberg.

Impulsionada pelos cinco anos de recessão económica e pelo impacto da pandemia, a taxa subiu para 34% no terceiro trimestre de 2020 e 2021, e registou uma média de 32% em 2020 e 2021, abrangendo um terço das pessoas disponíveis para trabalhar.

 

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