Segundo apurou o jornal português NOVO, a filha de José Eduardo dos Santos foi ouvida no Banco de Portugal, em Lisboa, e apresentou vários requerimentos ao Ministério Público a “oferecer-se” como arguida.
Mais de dois anos depois de Isabel dos Santos ter sido constituída arguida em Angola por suspeita de má gestão e desvio de fundos da Sonangol; de os seus bens em Portugal terem sido arrestados; e de o Ministério Público português ter instaurado cerca de uma dezena de inquéritos por suspeitas de que o dinheiro da petrolífera tinha sido branqueado em vários negócios em Portugal, Isabel dos Santos não foi ainda constituída arguida em nenhum destes processos. E praticamente todos os amigos, empresários e advogados que lhe eram próximos e que são igualmente visados nesses inquéritos também não.
À semelhança do que acontece em Angola, “Isabel dos Santos não prestou declarações em nenhum processo-crime em Portugal. Mas ao contrário dos rumores que circulavam, essa ausência não se deveu às dificuldades em localizar a empresária”.
De acordo com informações recolhidas pelo Jornal NOVO, “a filha do ex-Presidente angolano já avisou o DCIAP que está disponível para colaborar com a investigação e até para prestar declarações na qualidade de arguida. Outro dado curioso é que a filha de José Eduardo dos Santos esteve em Lisboa, em Julho de 2020, numa audição secreta no Banco de Portugal. Prestou declarações acompanhada de três advogados”.