A Economia angolana cresceu 1,82% no terceiro trimestre face ao período homólogo de 2024, impulsionada pelo setor não petrolífero, sendo que a atividade petrolífera contraiu-se 7,77%, segundo dados no Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano.
De acordo com as contas nacionais trimestrais, a que a Lusa teve hoje acesso, o Produto Interno Bruto (PIB) de Angola cresceu 1,82% neste período em comparação ao trimestre homólogo de 2025, registando igualmente um crescimento de 0,5% face ao trimestre anterior.
Neste período, o setor petrolífero voltou a registar uma contração na ordem de 7,77% em quatro trimestres consecutivos, enquanto o setor não petrolífero cresceu 4,14%, aumento de 0,70 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.
A queda do setor petrolífero nos meses de julho, agosto e setembro contribui negativamente com 1,94 pontos percentuais na variação global do PIB, segundo o INE, argumentando que a variação verificada no trimestre foi originada pela quebra na extração de petróleo na ordem de 10,79%.
Os setores da pesca e aquicultura tiveram uma queda de 6,73%, tendo retirado 0,13 pontos percentuais do PIB global.
Com melhores desempenhos destacam-se os setores de informação e comunicação, com um crescimento anual de 55,67%, contribuindo positivamente com 0,16 pontos percentuais na variação global do PIB, uma evolução relacionada com o aumento das receitas de serviços de telefonia e internet.
Foi também registado crescimento nos setores de serviços de alojamento e restauração (13,62%), produtos de indústria transformadora (13,02%), administração pública, defesa e segurança social obrigatória (9,21%) e intermediação financeira e seguros (6,95%).
No acumulado dos primeiros nove meses de 2025, o PIB angolano cresceu 2,15% em relação a igual período de 2024. As atividades com maior contribuição foram as de informação e comunicação com 40,46%, extração de diamantes com 15,54% e administração pública, defesa e segurança social obrigatória com 8,03%.
O Produto Interno Bruto no terceiro trimestre de 2025 totalizou 28,04 biliões de kwanzas (26 mil milhões de euros), dos quais 649,48 mil milhões de kwanzas correspondem a impostos sobre produtos líquidos e subsídios.



