A Economia angolana apresentou um crescimento de 2,6% no primeiro trimestre de 2022, uma variação superior em duas décimas ao trimestre homólogo, segundo as contas trimestrais apresentadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Esta taxa é 5,6 pontos inferior do que o estimado para o quarto trimestre de 2021 e dois pontos superior à do quarto trimestre de 2021.
Os gastos com consumo final aumentaram 6,4% em relação ao mesmo trimestre de 2021.
A despesa de consumo final das famílias registou uma taxa interanual de 5,0%, menos sete pontos percentuais do que no trimestre anterior, enquanto a despesa de consumo final das Administrações Públicas abrandou 14,2 pontos, apresentando uma variação interanual de 4,4%.
As exportações de bens e serviços apresentam uma variação de 3,4% em relação ao primeiro trimestre de 2021 e as importações variaram 26,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Por sua vez, a procura externa apresentou uma contribuição de -2 pontos percentuais, 4,8 pontos acima do trimestre anterior.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) justifica o atraso na publicação, que deveria ter acontecido em 30 de junho, mas foi publicada com data de 31 de agosto, com o facto de estar ainda em fase experimental, já que é a primeira vez que o Produto Interno Bruto trimestral é calculado na ótica da despesa.
O instituto refere que os efeitos económicos da pandemia de covid-19 são evidentes nos agregados das Contas Nacionais de Angola desde o primeiro trimestre de 2020.
A estes efeitos juntam-se, segundo o mesmo documento, no “primeiro trimestre de 2022, os causados pela recente crise internacional derivada do conflito na Ucrânia, com distorções muito significativas de natureza diversa”.