O Porta-voz do MPLA mostrou-se hoje confiante na vitória do partido, que “não encomenda sondagens nem pesquisas”, após o comício de encerramento da campanha, presidido por João Lourenço e onde disse terem participado cerca de 600 mil pessoas.
Em declarações aos jornalistas, Rui Falcão, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) disse que o comício de hoje, no Camama, em Luanda, o mesmo local que o candidato do MPLA escolheu para lançar a sua campanha na corrida à presidência, nas eleições do próximo dia 24, juntou cerca de 600 mil pessoas e foi “ainda muito melhor” do que o primeiro ato.
“Essa é a qualidade de um partido como o nosso, há poucos em Africa e no mundo”, sublinhou o porta-voz do MPLA, entusiasmado com a multidão que se concentrou hoje no Camama e que, acredita, “vai garantir a vitória do MPLA”.
“Nós corremos de Cabinda ao Cunene e sempre foi esta moldura, nos termos da demografia de cada província”, afirmou, desafiando os jornalistas a apontar um caso em que “eles” – os rivais da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido da oposição), que não nomeou – “tenham vencido” em termos de adesão popular.
“A pancada é muito grande”, insistiu o responsável, insistindo: “Comparem, o MPLA é o maior e o melhor partido de Angola”.
Para Rui Falcão, um comício como o de hoje “só um partido como o MPLA pode fazer”.
“Um partido que tem sentido de Estado, que rtm responsabilidade perante os povos e não faz arruaça em circunstância nenhuma”, disse, prosseguindo: “Sempre defendemos o povo”.
Questionado sobre a que arruaças se referia, respondeu: “Vocês sabem muito bem quem tem feito sempre arruaça neste país, quem vos levou a guerra, vocês sabem”, disse aos jornalistas, afirmando que “este povo não perdoa isso”.
E deixou mais um recado aos jornalistas: “Compreendam isso, aqui quem manda é o povo angolano, sempre foi assim e foi por isso mesmo que derrotamos os racistas sul-africanos”.
Sobre se o apoio manifestado ao MPLA hoje no ato de massas é também sentido na rua, Rui Falcão comentou: “Vão ver no dia 25, quando a Comissão Nacional Eleitoral divulgar os resultados, porque nós não encomendamos nem sondagens nem pesquisas, nós vivemos daquilo que o povo decide e o povo vai decidir nas urnas”.
João Lourenço, que se candidata a um novo mandato presidencial, disputa a corrida eleitoral com outras sete formações políticas, das quais se destaca a UNITA e o seu líder, Adalberto da Costa Júnior, como principal adversário, numas eleições que se adivinham renhidas.
Mais de 14 milhões de angolanos estão habilitados a votar no dia 24 de agosto, em que se realizam eleições gerais para escolher o próximo presidente da República e representantes na Assembleia Nacional.