Duas semanas depois do início da campanha eleitoral em Angola a trocade acusações entre os dois principais concorrentes têm marcado o ambiente político rumo às eleições de 24 de Agosto próximo.
Até agora não houve o registo de incidentes relevantes, mas o candidato do maior partido da oposição continua a denunciar irregularidades na organização do processo, apontando culpas à Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
A semana também ficou marcada com a entrega dos delegados de lista que vão fiscalizar o processo em nome dos partidos concorrentes, e credenciamento de observadores nacionais.
Nisso, muitos partidos queixam-se por não terem conseguido garantir a presença dos seus delegados nas listas, em vários pontos do pais, alegando dificuldades no manuseamento de equipamentos eletrónico disponibilizado pela Comissão Nacional Eleitoral para o cadastramento.
Transição
Por outro lado, a segunda semana de campanha eleitoral foi marcada pelo facto do MPLA vir a público negar que tenha negociado com o líder da UNITA condições para a transição do poder político.
Através de um comunicado de imprensa a Direcção da UNITA qualificou o conteúdo da abordagem do secretário do Bureau Político do MPLA como sendo de intimidação e de insinuação belicosa.
Durante a conferência de imprensa realizada esta semana, o secretário do Bureau Político do MPLA para os assuntos eleitorais, João de Almeida Martins, confirma o encontro com o presidente da UNITA a seu convite, mas diz que em nenhum momento se abordou a questão da negociação de transição de poder.
Para falar sobre o assunto, ouvimos João de Almeida Martins do MPLA, Olívio Kilumbo analista e candidato a Deputado pela UNITA e Serra Bango Presidente de Direção da AJPD.