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Eleições Gerais 2022: “Poder não é uma herança do pai ou da mãe” — Líder da UNITA

O Líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) afirmou hoje que o país tem maturidade para uma alternância de poder e avisou o partido governamental que o poder não é uma “herança do pai ou mãe”.

“Há hoje níveis de maturidade que todos estão a atingir, que atingiram e aqueles apelos desesperados de um regime de partido único, que se habituou durante algum tempo a manipular em seu proveito, não tem espaço”, disse, em entrevista à Lusa, Adalberto Costa Júnior, que criticou “aquelas pessoas que pensam que a governação do país é uma herança do pai e da mãe”.

Essas “pessoas têm que reformar as suas mentalidades e têm que perceber que as forças de defesa e segurança não são instrumentos privados para o seu uso de incompetência, de incapacidade, de acompanhamento dos tempos”, afirmou à Lusa o líder da UNITA, num momento em que os dias seguintes às eleições gerais da próxima quarta-feira geram preocupação.

“Vamos ter efetivamente uma abordagem tranquila deste processo”, disse à Lusa, confiante, acrescentando: “Nós afirmamos que as forças de defesa e segurança são republicanas e, portanto, vão cumprir com respeito à Constituição”.

“O Estado somos nós todos”, reforçou.

Na véspera do comício de encerramento da campanha do partido, Costa Júnior espera um grande número de apoiantes mas recusa comparações com o comício organizado pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder) no sábado.

“Nós não utilizamos comícios artificiais, nós não transportamos gente das outras províncias a toda a hora para onde fazemos os atos. Nós temos tido enchentes dos nossos comícios com os municípios onde se fazem os atos”, disse, considerando que a campanha eleitoral tem sido um exemplo da mistura entre MPLA e Estado.

Do ponto de vista do Estado, “uma campanha eleitoral não é algo que deve ser direcionado ao interesse do meu partido” e, “para a história, ficou registado a incapacidade total deste governo de se distanciar dos seus interesses partidários”.

O uso de bens públicos ao serviço do MPLA na campanha “é uma nódoa que fica”, acusou Costa Júnior.

 

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