A delegação da União Europeia (UE) em Angola e a International Finance Corporation (IFC) para África assinaram hoje, em Luanda, um acordo orçado em 4,8 milhões de euros para apoiar incubadoras e empreendedores em Angola
O acordo de implementação do projeto de apoio às incubadoras e empreendedorismo no país africano foi rubricado por Jeannette Seppen, embaixadora da UE em Angola, e Sérgio Pimenta, vice-presidente da IFC para África, na presença de entidades angolanas.
A componente deste programa regional para Angola contará com 4,8 milhões de euros destinados à apoiar o empreendedorismo durante cinco anos, nomeadamente duas incubadoras de negócio relacionadas com os setores das finanças e tecnologia bem como setor agroindustrial.
Segundo Jeannette Seppen, a parceria entre as instituições vai “capacitar incubadoras de empresas inovadoras e contribuir para a criação de empregos sustentáveis” em Angola.
O programa “insere-se numa das prioridades da cooperação da UE em Angola e o Governo angolano de apoio à diversificação da economia angolana, em particular ao apoio ao empreendedorismo e à criação de micro, pequenas e médias empresas”.
“O objetivo deste programa é preservar os meios de subsistência e promover a criação de empregos inclusivos, que garantam empregos produtivos e o direto a um padrão de vida adequado e trabalho decente com um forte enfoque nas mulheres e jovens empresários”, afirmou a diplomata europeia.
Com a implementação deste projeto durante cinco anos, Jeannette Seppen disse esperar que as incubadoras angolanas se “possam expandir progressivamente, no futuro, através de uma maior ênfase na capacitação concreta, partilha de conhecimento e atividades de transferência de inovação”.
Por seu lado, o vice-presidente da IFC para África, Sérgio Pimenta, disse, na ocasião, que a economia angolana “necessita de diversificação e a diversificação é realmente começar a apoiar as empresas mais pequenas, sobretudo versadas à economia digital para criarem mais empregos”.
“Este acordo assinado hoje vai nos permitir desenvolver e pôr em prática um programa com três eixos todos focados no desenvolvimento da pequena empresa em Angola, sobretudo em relação à economia digital, desenvolvimento agrícola, entre outros”.
O administrador do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (Inapem) angolano, Bráulio Augusto, enalteceu o acordo assinado considerando tratar-se de um “marco importante que deve desenvolver ações duradouras para dignificar a veia empreendedora dos angolanos”.