O Presidente do conselho de administração da Endiama, diamantífera angolana, considerou hoje “muito mau” o presente ano para os diamantes angolanos, com o mercado da Índia, recetora de mais de 90% da produção nacional, encerrado até dezembro.
“É um ano complicado. Este ano de 2023 para o mundo dos diamantes é muito mau. Devo dizer que, só a título de exemplo, o mercado que recebe hoje mais de 90% da produção de Angola, que é o mercado da Índia, está encerrado, não recebe diamantes de parte nenhuma, até ao dia 15 de dezembro, quer dizer que as empresas estão com dificuldade neste momento”, disse José Ganga Júnior, em declarações à imprensa.
O responsável frisou que as empresas continuam a produzir, mas não conseguem comercializar os diamantes.
“Esta é a nossa realidade, estamos a produzir, não parámos, não estamos a vender conforme devíamos, mas temos que ser resilientes e aguentar, por isso é que os resultados este ano não vão ser muito bons”, vincou.
José Ganga Júnior participou hoje num ‘workshop’ promovido pela Endiama e o Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) para a utilização pela diamantífera angolana, dos serviços de comunicação do satélite Angosat-2 e da aplicação espacial TECH-Minas — solução que visam fornecer produtos e serviços de observação da terra para o setor mineiro angolano.