A Empresária angolana Isabel dos Santos reitera que não foi condenada por corrupção e que vai recorrer da decisão do Governo do Reino Unido que congelou os seus bens.
A empresária angolana Isabel dos Santos diz querer “apresentar as minhas provas e provar estas mentiras fabricadas contra mim pelo regime angolano”, num comunicado em que reage à decisão anunciada pelo Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido de impedir a sua entrada e congelar os bens dela no país por lavagem de capitais.
“Nenhum tribunal me considerou culpada de corrupção ou suborno”, afirma a filha do antigo Presidente de Angola, José Eduardo Santos, que diz que se está “perante mais um passo na campanha de perseguição politicamente motivada de Angola contra mim e a minha família”.
Na nota divulgada na sua conta no instagram, Santos afirma que “a decisão é incorreta e injustificada” e que “não foi dada a oportunidade” de se defender destas alegações.
Ela assegura que não se apropriou “indevidamente de qualquer dinheiro da Sonangol”, nem de “fundos da Unitel” e que vai recorrer da decisão do Govreno britânico.
“Tenciono recorrer e espero que o Reino Unido me dê a oportunidade de apresentar as minhas provas e provar estas mentiras fabricadas contra mim pelo regime angolano”, conclui a empresária, que reitera que tudo não passa de “mentiras fabricadas contra mim pelo regime angolano”.
As sanções
Antes, o Ministério das Relações Exteriores britânico anunciou as sanções contra Isabel dos Santos, o magnata ucraniano Dmytro Firtash e uma das pessoas mais ricas da Letónica Aivars Lembergs, “três cleptocratas infames”.
“Isabel dos Santos, filha do antigo Presidente de Angola, abusou, sistematicamente, dos seus cargos em empresas estatais para desviar pelo menos 350 milhões de libras esterlinas (cerca de 460 milhões de dólares), privando Angola de recursos e financiamento para o tão necessário desenvolvimento”, diz a nota, que lembra que a empresária é “alvo de um aviso vermelho da Interpol desde novembro de 2022 e que, no mês passado, perdeu um processo no Tribunal de Recurso relativo ao congelamento dos seus bens a nível mundial”.
O Governo britânico reforça que “os seus associados ajudaram Isabel dos Santos a desviar “a riqueza de Angola para seu próprio benefício”.