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Estados Unidos disponibilizam mais “25 milhões de dólares” à Angola para combate à COVID-19

O Governo dos Estados Únidos anunciou o reforço do financiamento para o combate à Covid-19 em Angola, no valor de 25,36 milhões de dólares, no quadro da Iniciativa para o Acesso Global à Vacinas (Global VAX, na siglas em inglês), um esforço de Washington para transformar vacinas “em armas de vacinação”.
 
Este reforço, que aumenta para 39 milhões de dólares a ajuda de Washington a Luanda para enfrentar a pandemia, foi anunciado nesta quinta-feira, 5, pela sub-secretária de Estado americana, Luanda, onde realiza uma visita.
 
“Vamos estreitar cada vez mais a nossa forte parceria com o Governo de Angola, fornecendo mais de 25 milhões de dólares em novos recursos para apoiar os trabalhadores da saúde que estão na linha de frente no combate a esta pandemia, melhorar o alcance comunitário para ajudar a conseguir mais doses de vacinas para mais pessoas em todo o país, ajudar a colmatar as lacunas de informação e a abordar as questões de falta de informação e a desinformação que podem reduzir a confiança das pessoas nas vacinas, e muito mais”, afirmou Wendy Sherman, num evento, em que estiveram presentes as ministras de Estado para Área Social, Carolina Cerqueira, da Saúde, Sílvia Lutucuta e da Educação, Luísa Grillo, e ainda ministro de Estado, Francisco Furtado.
 
A governante reaclou que uma das razões pelas quais Angola é um dos 11 parceiros da Global VAX é porque “temos uma história incrivelmente forte de trabalho conjunto para fazer face às principais preocupações de saúde aqui em Angola, incluindo o VIH e a malária”.
 
Este novo financiamento vai apoiar actividades que reforçam a entrega de vacinas, aumentam a consciencialização e a demanda por vacinas, fornecem assistência técnica e aumentam o acesso através de campanhas móveis.
 
Para Wendy Sherman, este entendimento “apoia os planos de vacinação existentes em Angola e está a ajudar a levar vacinas às pessoas de forma rápida e equitativa”.
Sucesso em Luanda, agora as províncias
 
Na ocasião, a governante americana felicidou Angola pelo “sucesso incrível aqui em Luanda, onde 77 por cento das pessoas que são elegíveis para a vacinação receberam pelo menos uma dose”, mas acrescentou que “precisamos de aproveitar este sucesso e extende-lo a todas as províncias do país, a iniciativa Global VAX irá ajudar a fazer exactamente isso”.
 
Ao longo das últimas duas décadas, Washington forneceu mais de 630 milhões de dólares para fazer face as necessidades de saúde em Angola e apoiar o sistema de saúde.
 
“A PEPFAR -Plano de Emergência do Presidente dos EUA para o Alívio da SIDA – está a trabalhar em parceria com a iniciativa “Nascer Livre para Brilhar” da Primeira Dama Lourenço, que visa reduzir a transmissão do VIH de mães para filhos e melhorar os resultados de saúde para mulheres e crianças”, acrescentou Sherman, lembrando também que o “nosso trabalho de combate à malária em Angola continua”.
 
Apesar dos sérios desafios que a pandemia da Covid-19 criou para as cadeias de abastecimento e prestação de cuidados de saúde, a governante americana destacou que “Angola registou menos 20 por cento de mortes por malária no último ano, nas províncias que receberam apoio dos Estados Unidos”, o que, para ele, “é uma história de sucesso que podemos desenvolver nos meses e anos vindouros”.
 
Em termos globais, a segunda figura da diplomacia americana disse que a Administração Biden vai continuar a distribuir doses de vacina em parceria com a COVAX e o African Vaccine Acquisition Trust, “enquanto trabalhamos em conjunto para vacinar 70 por cento das pessoas em todos os países e economias, e apoiar os países na prossecução dos seus próprios objectivos relacionados com as vacinas”.
 
Aliás, Sherman lembrou que o Presidente fez um compromisso de doar mais de 1,2 bilião de doses de vacina em todo o mundo até ao final de 2022.

Encontro com João Lourenço e combate à corrupção

Numa nota divulgada também hoje, “a Embaixada dos Estados Unidos em Luanda destaca que ajudar na promoção de uma Angola mais saudável é uma prioridade para o Governo dos EUA e lembra que dos aproximadamente 1,48 mil milhões de dóalres em assistência a Angola nos últimos 25 anos, mais de 613 milhões de dólares foram dedicados à saúde”.
 
No início da sua visita a Luanda, onde chegou ontem, a sub-secretária de Estado americana foi recebida hoje pelo Presidente João Lourenço, com quem abordou a cooperação entre os dois países, em várias áreas.
 
“Vamos cooperar em todas as áreas desde segurança marítima , energias renováveis até à saúde pública”, disse Wendy Sherman a jornalistas, no final do encontro, tendo destacado a “importância do compromisso do Presidente João Lourenço em combater a corrupção e continuar a trabalhar num ambiente mais transparente e próspero”.
 
A diplomata americana destacou que as reformas e “contribuirão, finalmente, para a construção de um sistema político mais aberto” e concliu que “Estados Unidos continuam a ter Angola como parceiro estratégico, um país amigo”.
 
 
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