A reunião está a decorrer longe das câmaras e dos microfones, mas o que o Novo Jornal apurou é que a Frente Patriótica Unida vai juntar nas fileiras da UNITA o Bloco Democrático e o projecto político PRA -JA Servir Angola.
Adalberto Costa Júnior foi escolhido para liderar esta lista, Chivukuvuku é apontado como número dois. O objectivo é afastar o MPLA do poder nas eleições de 2022.
Abel Chivukuvuku, antigo dirigente da UNITA e ex-líder da CASA-CE, já tinha admitido apoiar outro candidato que não ele para derrotar João Lourenço e o MPLA nas Presidenciais de 2022 se não conseguisse legalizar o seu PRA-JA Servir Angola. Adalberto Costa Júnior tem vindo a afirmar o empenho do seu partido em liderar uma ampla frente democrática para materializar a alternância do poder político em Angola, e o Bloco Democrático, liderado por Justino Pinto de Andrade, já tinha assumido o distanciamento daquele que tem sido o alinhamento da CASA-CE. Desde ontem todos eles participam numa reunião “secreta” que, segundo uma fonte do Novo Jornal presente no encontro, trabalha na composição da futura lista dos candidatos a deputados, tendo em conta a Frente Patriótica Unida “.
“Alguns nomes sonantes da sociedade civil, do Bloco Democrático e do projecto político PRA- JA irão ocupar os primeiros 20 lugares. Este assunto começou a ser discutido ontem (quarta-feira), ao mais alto nível da UNITA”, confidenciou.
“O político Abel Chivukuvuku é indicado como sendo o número dois da lista que terá como cabeça o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior.
“A Frente Patriótica Unida visa fortalecer a UNITA nas eleições de 2022. Não haverá símbolos desta frente única. Todos vão enfileirar a UNITA por ser o partido com a estrutura mais organizada. Mas eles terão propósitos diferentes”, referiu.
“É um facto. Eles estarão integrados na lista da UNITA, pese embora a estrutura do PRA- JA Servir Angola ser proveniente na UNITA, por isso não se coloca tanto”, acrescentou.
Segundo a fonte, os políticos Justino Pinto de Andrade, Filomeno Viera Lopes e Luís Nascimento terão lugares privilegiados na lista e todos vão concorrer pela UNITA apesar de pertencerem à Frente Patriótica Unida.
A oposição angolana criou a chamada Frente Patriótica Unida para tirar o MPLA do poder nas eleições gerais de 2022, mas nem todos os partidos da oposição fazem parte deste projecto político.