Um grupo de sete agentes da polícia do Capitólio entraram com uma ação em tribunal contra Donald Trump e os seus aliados, pela invasão que ficou marcada por 5 mortos e centenas de polícias agredidos.
Sete agentes da polícia do Capitólio entraram esta quinta-feira com uma ação em tribunal contra o ex-Presidente norte-americano Donald Trump, acusando-o de ter incitado, de forma intencional, a invasão violenta da sede do Congresso norte-americano em janeiro passado.
A ação judicial também abrange aliados de Trump, como é o caso do amigo e antigo conselheiro Roger Stone e elementos da campanha do ex-governante, bem como membros dos grupos de extrema-direita Proud Boys e Oath Keepers, que também estiveram na zona do Capitólio e em Washington no dia da invasão da sede do poder legislativo norte-americano, em 06 de janeiro deste ano.
Os acontecimentos ocorridos nesse dia ficaram marcados pela morte de cinco pessoas e mais de uma centena de polícias agredidos por uma multidão composta por apoiantes do ex-Presidente norte-americano Donald Trump.
Cerca de 10 mil pessoas cercaram e várias centenas forçaram a entrada no Capitólio, quando os congressistas estavam a certificar o resultado das eleições presidenciais de novembro de 2020 e a vitória do atual Presidente, o democrata Joe Biden.
A ação apresentada junto de um tribunal federal em Washington pelos sete agentes — que afirmam ter sido atacados e espancados durante a rebelião — alega que Trump “trabalhou com supremacistas brancos, com grupos extremistas violentos e apoiantes de campanha para violar a lei conhecida como ‘Ku Klux Klan Act’ [de 1871] e cometer atos de terrorismo doméstico num esforço ilegal para permanecer no poder”.
Outras duas ações judiciais de contornos similares foram apresentadas nos últimos meses por membros democratas do Congresso norte-americano.
A invasão da sede do Congresso norte-americano aconteceu algumas horas depois de Trump se ter dirigido a uma multidão composta por milhares de apoiantes, durante um comício realizado nas imediações da Casa Branca, e de ter defendido que estes nunca deveriam aceitar uma derrota, numa referência aos resultados das presidenciais de novembro de 2020.