O auto-denominado Movimento de Jovens Revolucionários, popularmente conhecido em Angola por revús, volta às ruas de Luanda no próximo sábado, 26. Activistas dizem que país atingiu ponto de “saturação” e saem às ruas no sábado, 26
Desta vez vão pedir a destituição do Presidente da República, pelo que chamam de fracasso das políticas públicas, promessas eleitorais não cumpridas, o agudizar da situação social e económica dos angolanos e as mortes nos hospitais entre outros temas.
Os revús saem às ruas pela manhã, a partir do cemitério da Santa Ana e vão até 100 metros do Palácio Presidencial para exigir que João Lourenço ponha o seu lugar a disposição, disse Emiliano Catumbela, porta-voz do grupo que acusou o Presidente de “falsas promessas” e “incompetência”.
“Bem que sabemos que o nosso maior problema não é a Covid-19, o que nos mata hoje é a malária, febre tifóide, a cólera, a fome, o cidadão comum está completamente descapitalizado, sem poder comprar um quilo de arroz para matar a fome”, afirma Catumbela.
Luston Mabiala, também integrante do movimento, diz que o país atingiu o limite da saturação e que é intenção do grupo organizar manifestações semanais até ao dia das eleições em 2022.
“O país hoje atingiu uma crise profunda, o Presidente nada diz, a comida está cada dia mais cara, os angolanos estão a morrer como nunca, o Presidente dos angolanos não se pronuncia”, sublinhou, em jeito de justificação da manifestação.
Emílio Catumbela garante que as “questões administrativas legais estão acauteladas” e espera que “a polícia que não se intrometa em assuntos políticos, se eles quiserem fazer parte da marcha que sejam bem vindos”.