O candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, reconquistou o “estado chave” do Wisconsin, perdido em 2016 para o republicano Donald Trump, e aumentou a vantagem de delegados para o colégio eleitoral, segundo projeções da imprensa local.
Segundo as projeções do The New York Times, da estação emissora NPR e da cadeia de televisão CNN, com os 10 delegados atribuídos no Wisconsin, Biden passou a somar 248 “grandes eleitores”, com Trump a quedar-se, para já, com 214, com o objetivo de ambos a ser atingir os 270, que darão a vitória nas presidenciais dos Estados Unidos, realizadas terça-feira.
Trmp passa a totalizar 214 “grandes eleitores” com o delegado que averbou a partir dos resultados no estado de Maine.
O Wisconsin é, depois do Arizona, o segundo estado norte-americano que Biden retira a Trump, tendo em conta os resultados de 2016.
O candidato democrata também arrebatou a Trump único delegado no segundo distrito do Nebrasca.
Segundo a contagem provisória, Biden ganhou no Wisconsin pela escassa margem de 20.510 votos – 49,4% contra 48,8% de Trump -, tendo a campanha republicana exigido já uma recontagem dos votos.
Por constituir uma margem inferior a 1%, Trump tem direito a solicitar a recontagem, embora tenha de pagar o custo, estimado em três milhões de dólares (2,5 milhões de euros).
Apesar de ter conquistado os 10 “grandes eleitores” do Wisconsin, Biden terá de vencer em pelo menos dois dos cinco estados em que a contagem ainda está a decorrer – Michigan, Nevada, Geórgia, Carolina do Norte e Pensilvânia.
Para já, o ex-vice-Presidente de Barack Obama está à frente no Michigan e no Nevada, dois estados que lhe dariam o total exato de 270 grandes eleitores necessários para chegar à Casa Branca.
No entanto, as autoridades eleitorais do Nevada indicaram que só avançarão quinta-feira com os resultados da votação, enquanto a campanha de Biden afirmou que poderá anunciar a vitória ainda hoje à tarde nos Estados Unidos, noite em Lisboa.
O Wisconsin, tal como Michigan e Pensilvânia, foi um dos três estados do ‘midwest’ que ganhou de forma surpreendente e por escassa margem na votação de 2016, abrindo caminho para a Casa Branca.
O Wisconsin tinha votado nos democratas nas anteriores sete votações presidenciais.