O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse a milhares de apoiantes em Washington nesta quarta-feira, 6, que “nunca cederá” e não aceitará os resultados das eleições, no momento em que os legisladores deram início a uma sessão conjunta do Congresso no Capitólio para certificar a eleição de Joe Biden como o próximo Presidente.
Ao discursar, tendo a Casa Branca como pano de fundo, Trump repetiu as suas falsas afirmações de que a eleição de Novembro foi “roubada” e que ele obteve uma “vitória esmagadora”.
“Junto com os “democratas de esquerda radicais”, Trump disse que a “media falsa” usou “o vírus da China” – referindo-se à pandemia COVID-19 – como cobertura para “roubar a eleição”.
Trump também pediu ao vice-presidente Mike Pence para “fazer a coisa certa” ao presidir a certificação do voto eleitoral, embora o papel dele seja apenas.
Trump insistiu falsamente que “tudo o que o vice-presidente Pence precisa fazer é mandá-lo de volta aos Estados para se certificar e nos tornarmos presidente e vocês serão as pessoas mais felizes”.
Os apoiantes de Trump, incluindo alguns grupos que entraram em confronto com a polícia, começaram a reunir em Washington na terça-feira à noite.
As autoridades disseram que prenderam pelo menos seis pessoas sob acusações de porte de armas e munições, agressão a um policial e porte de arma de choque.
As ruas de Washington foram encerradas e a presidente da Câmara, Muriel Bowser, chamou a Guarda Nacional, temendo a repetição de confrontos às vezes violentos entre grupos de protestos que a cidade experimentou no ano passado.
As lojas do centro da cidade foram fechadas com tábuas e membros da Guarda Nacional ajudaram a polícia do Distrito de Columbia e do Parque Nacional a controlar as multidões.
Bowser e líderes políticos dos Estados vizinhos Maryland e Virgínia pediram aos residentes que fiquem em casa e que evitem fazer contra-protestos.
A certificação eleitoral, geralmente uma função rotineira e cerimonial que é a etapa final do processo eleitoral, após o Colégio Eleitoral ter eleito Biden oficialmente a 14 de dezembro, transformou-se em um teste de lealdade dos legisladores republicanos a Trump.
Mais de 100 representantes leais a Trump no Congresso foram escolhidos para desafiar a certificação de Biden.